Isenção do IR pode reduzir desigualdade e estimular consumo

A sanção da nova faixa de isenção do imposto de renda deve ampliar o poder de compra de trabalhadores e redistribuir renda.

Fonte: CenárioMT

Isenção do IR pode reduzir desigualdade e estimular consumo
Isenção do IR pode reduzir desigualdade e estimular consumo - Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve sancionar, na próxima semana, o Projeto de Lei nº 1.087/2025, aprovado pelo Congresso Nacional, que altera a cobrança do Imposto de Renda.

A medida prevê isenção para quem ganha até R$ 5 mil por mês e redução das alíquotas para salários entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350. Em contrapartida, haverá aumento da tributação para rendas acima de R$ 600 mil anuais. Essas mudanças entrarão em vigor no próximo ano.

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Especialistas consultados apontam que a nova regra pode ampliar o consumo das famílias, reduzir o endividamento e impulsionar o crescimento econômico. Estimativas indicam impacto de até 0,2 ponto percentual no Produto Interno Bruto (PIB), além de um reforço médio equivalente a um salário extra distribuído ao longo do ano.

Para trabalhadores da faixa média, o ganho mensal pode variar de R$ 350 a R$ 550, criando uma folga orçamentária significativa.

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Possíveis efeitos sobre preços

Analistas avaliam que pode ocorrer algum aumento localizado nos preços de serviços, setor considerado sensível a oscilações de demanda. No entanto, a expectativa é de que a inflação permaneça controlada, com impacto limitado sobre alimentos e itens essenciais.

Redução da desigualdade

Economistas consideram que a isenção para rendimentos mais baixos e a elevação da taxação sobre altos salários contribuem para diminuir a desigualdade. A medida reforça o princípio de tributação proporcional à capacidade contributiva.

Ainda assim, especialistas defendem que a correção da tabela não resolve, sozinha, a necessidade de reformas estruturais, como a retomada da tributação sobre lucros e dividendos e a ampliação das faixas do imposto.

Endividamento das famílias

Uma parte da renda adicional deve ser destinada ao pagamento de dívidas. Dados recentes mostram que oito em cada dez famílias possuíam débitos em aberto, índice que segue em alta.

A discussão sobre isenção para a base salarial e maior tributação sobre os mais ricos deve ganhar centralidade nas eleições de 2026, tornando-se pauta estratégica na disputa política.

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Gabriela Cordeiro Revirth, independente jornalista e escritora, é uma pesquisadora apaixonada de astrologia, filmes, curiosidades. Ela escreve diariamente para o Portal de Notícias CenárioMT para partilhar as suas descobertas e orientar outras pessoas sobre esses assuntos. A autora está sempre à procura de novas descobertas para se manter atualizada. Envie sua sugestão para o e-mail [email protected]