Os preços dos animais de reposição e da vaca gorda seguem em trajetória de alta nas principais regiões acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. O movimento de valorização tem sido, inclusive, mais intenso do que o observado para o boi gordo, refletindo o aumento da demanda por bezerros e a menor oferta de fêmeas para abate.
Segundo o Cepea, a procura por bezerros nelore cresceu de forma expressiva, impulsionada por recriadores que buscam recompor o rebanho. Em Mato Grosso do Sul, um dos estados mais tradicionais na produção de bezerros, o animal de até 12 meses é negociado, em média, a R$ 2.940 por cabeça em novembro — alta nominal de 14% em relação ao mesmo período de 2024.
No caso das vacas, o avanço das cotações está relacionado ao início da primavera e da estação de monta, período em que aumenta a retenção de fêmeas para reprodução. A menor oferta de vacas e novilhas destinadas ao abate tem sustentado os preços.
Ainda conforme o Cepea, em Mato Grosso do Sul, o preço da vaca gorda subiu 2,2% entre outubro e novembro, enquanto o do boi gordo teve avanço mais moderado, de 1,6% no mesmo intervalo.
O cenário reforça um momento de ajuste positivo na pecuária de corte, marcado pela reorganização dos plantéis e por expectativas de maior rentabilidade na reposição de animais.














