A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) promoveu um seminário na Universidade de Brasília (UnB) para marcar seus 18 anos, destacando a importância da comunicação pública para a democracia. O evento ocorreu no Auditório Pompeu de Sousa, da Faculdade de Comunicação (FAC), reunindo especialistas e ex-presidentes da empresa.
O presidente da EBC, Andre Basbaum, destacou o simbolismo da data e sugeriu a realização de um Fórum Nacional de Comunicação Pública no próximo ano, retomando debates históricos iniciados em 2006, que contribuíram para a criação da EBC.
“Com o terceiro governo do presidente Lula, a empresa começou a ser reconstruída e o sentido da comunicação pública renasceu, adquirindo a vitalidade desejada para os próximos anos. Proponho realizarmos um Fórum Nacional de Comunicação Pública para discutir seu papel, importância na formação da nação, na defesa da soberania e da democracia”, afirmou Basbaum.
O secretário-executivo da Secom/PR, Tiago Cesar dos Santos, enfatizou o momento de reconstrução e avanço da comunicação pública.
“É hora de celebrar e projetar o futuro, identificando caminhos. A Secom é parceira nesse processo, e a comunicação pública deve ser um pilar da democracia”, destacou.
Entre os participantes estavam Tereza Cruvinel, primeira presidenta da EBC; os ex-presidentes Ricardo Melo, Kariane Costa e Hélio Doyle; Helena Chagas, ex-ministra da Secom e ex-diretora de Jornalismo da EBC; Eugênio Bucci, ex-presidente da Radiobrás; e Pedro Rafael Vilela, presidente do Comep/EBC.
O seminário também contou com representantes da UnB, como a diretora da Faculdade de Comunicação, Dione Oliveira Moura, e o professor Fernando Oliveira Paulino, coordenador do Laboratório de Políticas de Comunicação (LaPCom) e presidente da Associação Latino-Americana de Investigadores da Comunicação (ALAIC).
Debates sobre comunicação pública
Tereza Cruvinel relembrou a criação da EBC e destacou sua relevância para proteger a sociedade contra desinformação e manipulação, afirmando que há uma nova energia no setor.
Eugênio Bucci ressaltou a necessidade de fortalecer a independência institucional da empresa, observando experiências internacionais aplicáveis ao Brasil. Helena Chagas explicou a distinção entre comunicação pública, governamental e privada, lembrando que o jornalismo público serve ao cidadão.
Na segunda mesa, Hélio Doyle e Ricardo Melo reforçaram a trajetória da EBC e a importância de buscar autonomia financeira, destacando a necessidade de uma arrecadação própria.
Representando a sociedade civil, Pedro Rafael Vilela enfatizou o papel do público na definição do futuro da comunicação pública. Kariane Costa mostrou otimismo com os avanços atuais, reconhecendo o trabalho de colegas e o caminho que está sendo construído.


















