Barra do Garças — A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou, na manhã desta quinta-feira (23/10), a Operação Jaleco, para fiscalizar clínicas e reprimir a venda irregular de medicamentos no município, conforme comunicado oficial da corporação. A ação reúne forças do Conselho Regional de Medicina de MT (CRM-MT) e da Vigilância Sanitária Municipal, a partir de ofício expedido pelo Ministério Público estadual.
O que motivou a operação
Segundo o Ministério Público, havia indícios de comercialização de medicamentos para emagrecimento sem autorização ou controle da Vigilância Sanitária e da Anvisa. Além disso, o CRM-MT solicitou apoio policial para verificar eventuais casos de exercício ilegal da medicina, incluindo a checagem de registros ativos de profissionais.
As equipes inspecionam simultaneamente diversos estabelecimentos, analisando documentos obrigatórios, condições estruturais e a oferta de remédios sem prescrição — prática que é considerada crime pelo Código Penal (Art. 282) e infração sanitária.
Declaração das autoridades
“A Operação Jaleco representa um esforço conjunto entre os órgãos de saúde pública, fiscalização profissional e segurança pública para zelar pela legalidade no exercício da medicina e pela proteção da saúde coletiva”, afirmou o delegado Pablo Borges Rigo, responsável pela operação.
Conforme apurado pela reportagem, as fiscalizações seguem em andamento e podem resultar em
- interdição de consultórios
- apreensão de medicamentos não autorizados
- responsabilização criminal de suspeitos
Por que isso importa
De acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, crimes contra a saúde pública ligados ao comércio irregular de fármacos cresceram nos últimos anos, ampliando riscos à população consumidoras de substâncias sem controle clínico.
A Vigilância Sanitária reforça que substâncias para emagrecimento podem causar efeitos cardiovasculares graves, especialmente quando consumidas sem acompanhamento médico.
Como denunciar
Denúncias podem ser registradas anonimamente pelos canais oficiais da Polícia Civil e da Vigilância Sanitária Municipal. A orientação é que moradores relatem qualquer indício de atuação clandestina.
Reportagem baseada em informações da Polícia Civil, Ministério Público do Estado e CRM-MT.