Quase 18 mil pessoas com deficiência empreendem em Mato Grosso, superando a média em escolaridade

A maioria desses empreendedores lida com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

Fonte: CENÁRIOMT

Quase 18 mil pessoas com deficiencia empreendem em Mato Grosso superando a media em escolaridade
Quase 18 mil pessoas com deficiência empreendem em Mato Grosso, superando a média em escolaridade

Cerca de 17,6 mil Pessoas com Deficiência (PCD) em Mato Grosso são donas do próprio negócio, o que representa 3,6% do total de empresários do estado.

Os dados são de uma pesquisa de 2025 do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/MT), que aponta o empreendedorismo como um caminho crucial para a autonomia e inclusão.

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A maioria desses empreendedores lida com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

Perfil do empreendedor PCD em Mato Grosso

Os empresários com deficiência em Mato Grosso se destacam pelo alto nível de escolaridade, superando a média estadual:

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  • Ensino Superior: 38,1%
  • Ensino Médio: 46,9%

O grupo é majoritariamente composto por homens (57%), casado (57,1%) e com filhos (91,2%), reforçando a importância da renda do negócio para a estrutura familiar. A faixa etária predominante é de 35 a 44 anos (39,5%).

Setor de Atuação Segmentos em Destaque Formalização (CNPJ)
Comércio (31,3%) Moda (17,7%) 85,7% (maioria como Microempresa)
Serviços (25,2%) Cosméticos (15%) 70% atuam há mais de 3 anos

Motivações e desafios

As razões que levam as PCD a empreender misturam necessidade e realização. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% buscam oportunidades de mercado e 32% visam a autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional também foi citada por 23,1%.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem pela percepção de oportunidade (48,8%).

Os desafios são múltiplos e não se limitam à deficiência:

  • Burocracia (44%)
  • Concorrência acirrada (39%)
  • Falta de capital inicial (33%)
  • Barreiras diretas da deficiência (acessibilidade e preconceito): 21%

A analista técnica do Sebrae/MT, Liliane Moreira, ressaltou que a inclusão produtiva é uma questão de equidade e de fortalecimento econômico, pois “amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

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Graduada na Faculdade La Salle na cidade de Lucas do Rio Verde - MT, estagiou na Secretaria de Educação do município na área de ensino. Atualmente, exerce a função de repórter e redatora no portal CenárioMT, editoria Mundo, Mato Grosso e Cidadania.