O cinema feito em Lucas do Rio Verde voltou a brilhar em nível nacional. O curta-metragem “Dezesseis”, produzido pela Focus Filmes, foi um dos grandes vencedores da Mostra CINE+ de Cinema Brasileiro, na categoria Infâncias e Educação, conquistando o público e a crítica com uma narrativa sensível e necessária sobre o bullying e seus impactos.
Entre mais de seis mil votos registrados durante as exibições nas salas de cinema do Rio de Janeiro e do Ceará, “Dezesseis” se destacou pelo enredo tocante e pela força interpretativa do elenco, mostrando que a arte produzida em Lucas tem sensibilidade, identidade e potência criativa. A Secretaria Municipal de Cultura e Turismo celebrou o reconhecimento, parabenizando os artistas e idealizadores envolvidos e destacando o papel do cinema local na construção de novas narrativas para o audiovisual brasileiro.
O filme
Gravado em outubro de 2023, o filme traz uma abordagem profunda sobre o bullying escolar, tema de relevância social e emocional que atravessa gerações. A produção foi dirigida por Hamsa Wood, com roteiro de Sônia Silva, e realizada por meio da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura.
O elenco conta com nomes conhecidos nacionalmente, como Sérgio Marone, Bia Arantes, Leo Belmonte, Bia Jordão, Kiria Malheiros, Anna Rita Cerqueira, Mafê Medeiros e Kevin Colin, além da participação de atores locais, como Luiz Valota, Preto Nascimento, Hellen Louzada, Bia Reis e Jucca Rothmund, e dezenas de jovens figurantes de Lucas do Rio Verde.
Durante as gravações, que passaram por espaços emblemáticos como a Praça do Bairro Bandeirantes e a Escola Olavo Bilac, o elenco e a equipe técnica destacaram o simbolismo de produzir cinema fora do eixo Rio–São Paulo. Para o ator Leo Belmonte, descentralizar as produções é um passo importante para fortalecer o audiovisual brasileiro. “É fundamental mostrar o potencial de cidades emergentes como Lucas do Rio Verde. Quem sabe, no futuro, desenvolver até uma série sobre temas como o bullying?”, comentou, à época.
O ator Sérgio Marone, que interpreta Haroldo, um dos protagonistas, descreveu o projeto como um dos maiores desafios da carreira. “A história é comovente, humana e muito atual. Foi preciso estar totalmente aberto para vivê-la. A mensagem que o filme transmite é necessária para os tempos de hoje”, afirmou. Já Bia Arantes, que vive a madrasta da personagem central, destacou a relevância do debate sobre saúde mental. “Falar de dores da alma e solidão é essencial. A arte tem esse papel de trazer luz e empatia para temas que precisam ser discutidos”, disse, durante as filmagens.
O curta “Dezesseis” reforça o papel de Lucas do Rio Verde como berço de talentos criativos e espaço fértil para produções culturais de alcance nacional. Ao conquistar o público e o reconhecimento da Mostra CINE+, o filme reafirma que o cinema produzido no interior do Brasil pode emocionar, inspirar e transformar, levando consigo o nome e o talento luverdense para as telas do país.
