Em Mato Grosso, profissionais da enfermagem se reuniram nesta quinta-feira (9) para discutir questões centrais da categoria durante a Câmara Setorial Temática (CST) da Enfermagem. O encontro abordou reivindicações sobre salários, jornadas de trabalho e valorização profissional.
- Pagamento correto do adicional de insalubridade sobre o salário-base.
- Regulamentação da jornada de 30 horas semanais.
- Repasse integral e regular do complemento do piso salarial nacional.
- Combate à precarização dos contratos terceirizados e atrasos salariais.
Geslaine Junqueira, enfermeira e vereadora de Nova Nazaré, defendeu a criação de uma aposentadoria especial e alertou que em vários municípios do Vale do Araguaia o adicional de insalubridade é calculado incorretamente sobre o salário mínimo. “Enquanto não houver uma lei, um documento, algo que obrigue os municípios, não teremos solução rápida”, afirmou.
Sarah Botelho, de Tangará da Serra, destacou atrasos salariais de até quatro meses para profissionais terceirizados, enquanto Ívina Dodô, de Cuiabá, apontou descontos indevidos no complemento do piso salarial, prejudicando 13º e férias. Ela também cobrou isonomia nos pagamentos entre municípios como Várzea Grande e Cuiabá.
Parcerias e encaminhamentos
Pedro Vidal, do Conselho Regional de Enfermagem (Coren-MT), reforçou a atuação conjunta com órgãos como o Ministério Público e Tribunal de Contas para melhorar as condições de trabalho dos cerca de 44 mil enfermeiros do estado.
A presidente da CST, Merielly Nantes, classificou o encontro como produtivo, ressaltando que as demandas estão sendo registradas e gerarão iniciativas concretas. Entre elas, o deputado estadual Max Russi (PSB) propôs um plano estadual de prevenção à violência contra profissionais da saúde, incluindo:
- Licença especial remunerada para vítimas de agressão.
- Programa de apoio psicológico e social.
- Integração entre hospitais, UPAs e delegacias para registro ágil de ocorrências.
- Reforço de segurança física e tecnológica nas unidades de saúde.
“Nosso compromisso é transformar e construir políticas públicas que realmente impactem a vida dos profissionais da enfermagem”, concluiu Nantes.
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