O plantio da safra 2025/26 de soja em Mato Grosso ganhou força na última semana de setembro e início de outubro, com destaque para o Médio-Norte, região que concentra municípios como Lucas do Rio Verde, Sorriso e Nova Mutum. Segundo levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), até 3 de outubro, 24,27% da área do Médio-Norte já havia sido semeada, percentual bem acima da média estadual de 15,03%. O avanço semanal foi expressivo: 16,26 pontos percentuais a mais em relação à semana anterior.
Esse ritmo acelerado se deve a uma combinação de fatores climáticos favoráveis e à janela de plantio estreita que os produtores buscam respeitar para garantir a segunda safra de milho no início de 2026. Em Lucas do Rio Verde, por exemplo, as primeiras áreas de soja já emergem com bom desenvolvimento, o que anima agricultores que vinham apreensivos com o histórico de atraso observado no ano passado.
Na comparação com a safra passada, o cenário é ainda mais otimista. Em 2024, nesta mesma época, apenas 3,33% da área no Médio-Norte havia sido semeada. O salto em 2025 chega a 20,94 pontos percentuais, confirmando uma arrancada histórica para o ciclo atual. O desempenho da região contrasta positivamente com o resultado estadual de 12,94 pontos de diferença entre os ciclos, mostrando que o norte do Estado está entre os motores do avanço da soja neste início de safra.
Outras regiões também apresentaram progresso relevante, como o Sudeste (7,55%) e o Norte (17,26%), mas nenhuma alcançou o fôlego do Médio-Norte. O Oeste, por sua vez, atingiu 18,24%, enquanto o Nordeste registrou 5,37%. Apesar da variação entre as regiões, a tendência é de que Mato Grosso como um todo mantenha um ritmo superior ao da safra passada.
Em termos históricos, a safra 2025/26 rompeu a barreira da média dos últimos cinco anos já na virada de setembro para outubro. Os dados do Imea mostram que, em 2024, o Estado tinha apenas 2,09% de área plantada na mesma data, contra 15,03% agora. O desempenho reforça a confiança dos produtores e evidencia a importância da regularidade das chuvas para sustentar o ritmo das operações de campo.
Para municípios do Médio-Norte como Lucas do Rio Verde, onde o agronegócio é a base da economia, esse avanço precoce representa mais do que eficiência técnica: é sinônimo de maior segurança para a safra de milho safrinha, crucial para o abastecimento interno e exportação. A expectativa é de que, mantendo-se as condições climáticas, a região se mantenha na dianteira do plantio, consolidando sua posição de destaque no cenário agrícola nacional.