Mato Grosso oferece trabalho a mais de 4 mil presos em unidades e fora delas

O Estado de Mato Grosso investe em programas de ressocialização, empregando reeducandos em atividades internas e externas.

Fonte: CenárioMT

Mato Grosso oferece trabalho a mais de 4 mil presos em unidades e fora delas
Mato Grosso oferece trabalho a mais de 4 mil presos em unidades e fora delas - Foto: SEJUS

Mato Grosso conta atualmente com 4.062 presos trabalhando em atividades dentro de unidades prisionais e em trabalhos externos, conforme prevê a Lei de Execução Penal. Deste total, 2.200 atuam em atividades extramuros, tanto na iniciativa privada quanto em órgãos públicos.

Os contratos de trabalho externo são gerenciados pela Fundação Nova Chance, autarquia estadual que apoia a reinserção de pessoas privadas de liberdade. Segundo o secretário de Justiça, Vitor Hugo Bruzulato, o investimento em qualificação profissional é essencial para reduzir a reincidência criminal e oferecer perspectivas reais de futuro aos reeducandos.

Presos em regime fechado só podem trabalhar extramuros após avaliação de uma comissão multidisciplinar e autorização da Vara de Execução Penal. Entre as iniciativas estaduais, o Programa Vida Nova destina espaços públicos para emprego de reeducandos, incluindo um parque industrial em construção na Penitenciária Dr. Osvaldo Florentino Ferreira, em Sinop, que terá fábricas de artefatos de concreto e serralheria.

Em Cuiabá, 109 presos trabalham na confecção de estruturas pré-moldadas utilizadas na construção de casas, escolas e unidades prisionais. A nova unidade prisional de Barra do Garças, com 432 vagas, também está sendo construída por reeducandos usando estruturas pré-moldadas produzidas em outras unidades.

Na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, 50 mulheres participam de fábricas que produzem parafusos e bobinas para transformadores elétricos. Já o Programa Reinserir permite que egressos do sistema prisional integrem o mercado formal, desde que cumpram requisitos legais, contribuindo para a redução da reincidência criminal.

Dentro dos presídios, 1.862 presos trabalham em 36 tipos de atividades, como marcenaria, padaria, horticultura, serralheria, artesanato e serviços internos. A padaria-escola da Penitenciária Major Eldo de Sá Corrêa, em Rondonópolis, oferece cursos profissionalizantes em parceria com o Senac-MT, promovendo conhecimento técnico e empreendedorismo entre os reeducandos.