Qual o futuro da saúde mental em Mato Grosso? Essa foi a pergunta central durante a instalação da Câmara Setorial Temática (CST) de Atenção Psicossocial, realizada na Assembleia Legislativa nesta quinta-feira (2). O colegiado terá como missão propor estudos, monitorar políticas públicas e acompanhar a rede de saúde mental no estado.
Avanços já conquistados
A nova câmara dá continuidade a trabalhos iniciados em 2023 e 2024. Entre os resultados apresentados estão:
- Implantação dos primeiros leitos de retaguarda no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC);
- Previsão de novos leitos no antigo Hospital Municipal;
- Cofinanciamento estadual para Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) em diferentes municípios.
Além disso, o Plano Plurianual 2024-2027 reservou R$ 88 milhões para saúde mental, mas parte desses recursos ainda não foi executada, o que preocupa gestores e parlamentares.
Projetos em andamento
Segundo o Ministério Público, estão em fase final as obras do CAPS III em Cuiabá, viabilizadas com R$ 6 milhões. Também há previsão de inauguração de um CAPS infantil, em parceria com a prefeitura. Outras iniciativas incluem a criação de residências terapêuticas e a regionalização da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS).
Desafios e próximos passos
Entre os maiores desafios, estão a ampliação da cobertura em 92 municípios com menos de 15 mil habitantes, que concentram 635 mil pessoas sem acesso adequado à rede de saúde mental.
As metas da nova CST incluem:
- Expandir os leitos de retaguarda em Cuiabá;
- Implantar CAPS em 11 municípios do interior;
- Criar e reformar residências terapêuticas em polos regionais;
- Qualificar profissionais da rede de saúde mental;
- Ampliar o número de Centros Infanto-Juvenis (CAPSi).
Para garantir mais autonomia, está em debate a flexibilização do uso dos recursos estaduais, permitindo a aplicação também em equipamentos, mobiliário e reformas, além do custeio.
Por que isso importa?
A instalação da CST de Atenção Psicossocial sinaliza um passo estratégico para consolidar políticas públicas de saúde mental em MT. A expectativa é que a iniciativa fortaleça o acesso, reduza desigualdades regionais e traga maior efetividade às ações já em andamento.
E você? O que pensa sobre a ampliação dos serviços de saúde mental no estado? Comente sua opinião!
