O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (3) que Belém terá acomodações suficientes para receber os participantes da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), marcada para o próximo mês na capital paraense. Segundo ele, não buscará luxo e planeja dormir em um barco durante o evento.
Em visita às obras de infraestrutura preparatórias para a COP30, Lula destacou o empenho da população local, que vem disponibilizando casas para aluguel temporário às delegações. “O povo de Belém é extraordinariamente amoroso e gentil”, afirmou, comparando a situação à prática de aluguel residencial em Santa Catarina durante o verão.
O presidente comentou sobre a importância da conferência:
“Eu quero participar da COP da verdade. Até agora, muitas decisões foram tomadas, mas nem todas cumpridas”, disse Lula, reforçando o compromisso do Brasil com os acordos internacionais de combate às mudanças climáticas.
Com a alta nos preços de hospedagem, algumas delegações demonstraram preocupação com a redução de participações, principalmente de países mais pobres. Para mitigar o impacto, a ONU aumentou a ajuda para hospedagem de US$ 144 para US$ 197 por dia. O governo brasileiro também disponibilizou 2,5 mil quartos individuais com valores subsidiados entre US$ 100 e US$ 600.
Estima-se que 45 mil pessoas participarão da COP30. Para ampliar a capacidade de hospedagem, dois navios de cruzeiro serão usados como hotéis temporários, oferecendo cerca de 3,9 mil cabines. Além disso, a cidade receberá três novos hotéis de alto padrão e firmou parcerias com plataformas de aluguel particular para aumentar a oferta de quartos.
Problema com avião
Na quinta-feira (2), Lula enfrentou um problema em aeronave da Força Aérea Brasileira ao embarcar para a Ilha do Marajó. Ele relatou:
“Tivemos que descer do avião por risco de incêndio. Fomos então em outro avião para o Marajó”.
O presidente também visitou o santuário de Nossa Senhora de Nazaré em Belém após o incidente. Problemas com aeronaves não são inéditos para Lula, que enfrentou situação semelhante em outubro do ano passado, quando o avião presidencial apresentou falha técnica no México.