Lucas do Rio Verde recebeu, nesta quinta-feira (02), uma apresentação sobre o trabalho com cães realizado em unidades prisionais e socioeducativas de Mato Grosso. A iniciativa busca subsidiar a implantação de um Centro Integrado de Operações com Cães no município, reunindo Guarda Civil Municipal, Polícia Penal, Corpo de Bombeiros e demais forças de segurança. O 1º Seminário do Núcleo de Operações com Cães aconteceu na Câmara de Vereadores.
O diretor da unidade de semi-liberdade do socioeducativo de Lucas do Rio Verde, José Presoto, destacou a importância da ferramenta para o cotidiano das unidades. “Os cães são uma ferramenta importante, principalmente na prevenção de drogas, armas e ilícitos que possam entrar. Como trabalhamos no sistema de semi-liberdade, onde os adolescentes têm contato direto com o meio externo, a utilização dos animais será de grande valia”, afirmou.
Para a secretária adjunta de Administração Penitenciária de Mato Grosso, Hermínia Dantas de Brito, a implantação traz ganhos amplos. “O cão bem treinado inibe fugas, rebeliões e outras formas de subversão da ordem. Além disso, o trabalho não se restringe às unidades: ele também auxilia em operações de busca de pessoas desaparecidas, em tragédias e até em projetos sociais”, ressaltou.
O secretário municipal de Segurança Pública, Marcos Cunha, reforçou a integração. “Esse canil vai somar ao trabalho diário. É uma modalidade de policiamento que amplia a capacidade operacional, como já vimos em experiências no BOPE e em Sinop. O cão detecta o que o ser humano não consegue e traz resultados expressivos”, afirmou.
O vereador Wlad Mesquita, autor da indicação para trazer o projeto ao município, lembrou que a proposta segue o modelo de Sinop. “O Núcleo de Operação com Cães auxilia em buscas de drogas, armas, celulares, além de ajudar em casos de desaparecimento de pessoas. Nosso objetivo é tornar Lucas do Rio Verde a cidade mais segura do Estado”, disse.
De Sinop, o coordenador de Operações com Cães, Luiz Carlos Amorim, detalhou o funcionamento. Segundo ele, a raça belga malinois é a mais utilizada, mas também há cães como o golden retriever, que alia detecção de ilícitos e atividades sociais. “Um cão leva até dois anos para estar apto. Para Lucas, pelo porte da cidade, seriam necessários ao menos quatro cães, já que cada um atua, em média, três horas seguidas e precisa de descanso”, explicou.
O comandante do Corpo de Bombeiros em Lucas do Rio Verde, major Bertolazo, reforçou a importância da estrutura. “Hoje, se precisamos desse serviço, temos que esperar equipes de fora. Com um núcleo próprio, o acionamento será imediato e a resposta muito mais rápida”, destacou.