A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco confirmou um novo caso suspeito de intoxicação por metanol ligado ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. Com a notificação feita nesta quinta-feira (2), o estado soma quatro ocorrências em investigação.
O caso mais recente envolve uma mulher de Olinda que teria consumido vodca em 26 de agosto. Três dias depois, ela apresentou sintomas como náuseas, vômitos, dor de cabeça e visão turva, sendo atendida em unidade de saúde. A paciente segue em acompanhamento médico no Recife, com estado de saúde estável.
Em resposta aos casos registrados, a prefeitura de Olinda anunciou que intensificará a fiscalização durante o pré-Carnaval neste fim de semana. A ação será realizada no sábado (4), das 8h às 14h, e no domingo (5), das 15h às 21h, com equipes da Vigilância Sanitária acompanhando o preparo e manuseio de bebidas em comércios formais e informais da orla e do sítio histórico da cidade.
Segundo a diretora de Vigilância em Saúde de Olinda, Dejanine Araújo, a iniciativa tem caráter preventivo, mesmo sem registros de casos no município, para evitar que bebidas adulteradas cheguem ao público.
Casos anteriores
Na semana passada, três homens deram entrada no Hospital Mestre Vitalino, em Caruaru, com suspeita de intoxicação por metanol. Dois não resistiram e morreram, enquanto o terceiro perdeu a visão. Os pacientes eram de Lajedo e João Alfredo.
A Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) iniciou fiscalizações em distribuidoras de bebidas alcoólicas e, em conjunto com a Secretaria Estadual de Saúde, prepara orientações à população e às vigilâncias municipais. O objetivo é intensificar as vistorias e evitar fraudes no comércio.
Nos casos de morte com suspeita de intoxicação, os corpos são encaminhados ao Instituto Médico-Legal (IML) para exames. A Apevisa recomenda que os serviços de saúde notifiquem todos os casos suspeitos ao Sinan e ao Cievs/PE.
Medidas preventivas
As autoridades sanitárias destacam a necessidade de busca ativa de possíveis consumidores das mesmas bebidas, além da capacitação das equipes médicas para tratamento adequado, incluindo uso de antídotos específicos e hemodiálise em casos graves.
Também estão previstas ações de fiscalização com coleta de amostras suspeitas, interdição preventiva de lotes e integração com Procon, Ministério Público e forças de segurança.
