O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que Mato Grosso não terá aumento de vagas de deputados federais e estaduais nas eleições proporcionais de 2026. A decisão impacta diretamente a representação do Estado na Câmara dos Deputados, mantendo oito federais e 24 estaduais, conforme avaliou o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Max Russi (PSB).
Segundo Russi, a expectativa de aumentar a representatividade do Estado, com mais um deputado federal e três estaduais, não será concretizada.
“Agora acho que o Mato Grosso perde. Era importante a gente ganhar essas vagas para ter mais votos em Brasília, discutir grandes ações e trazer recursos para o Estado”, explicou.
A decisão também interfere nas estratégias das chapas proporcionais para a disputa de 2026. “Se você tinha uma chapa de federal com 11 candidatos, agora vai ser só 9. Isso muda totalmente as estratégias”, destacou o deputado estadual. Eduardo Botelho (União) classificou a decisão do STF como “péssima”, afirmando que o Estado deixa de ganhar representatividade e emendas parlamentares.
O impacto da decisão se estende à estrutura da Assembleia Legislativa. O projeto de ampliação do prédio previa a criação de novos gabinetes e de um auditório para as comissões parlamentares. Com a manutenção do número atual de deputados, apenas o auditório será implementado, sem aumento de gabinetes.
O aumento de deputados federais havia sido aprovado pela Câmara, passando de 513 para 531. No entanto, o veto presidencial de Lula (PT) e a posterior decisão do STF impediram que Mato Grosso ampliasse sua representação. Com isso, as estratégias eleitorais e o planejamento institucional do Estado terão de se adaptar à realidade de oito deputados federais e 24 estaduais.
