A Cruz Vermelha anunciou a suspensão de suas atividades na cidade de Gaza devido à intensificação da ofensiva militar israelense. A organização destacou que milhares de pessoas que permanecem no local enfrentam condições humanitárias extremamente graves.
Em comunicado, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) informou que suas equipes foram transferidas para o sul da Faixa de Gaza, com o objetivo de preservar a segurança dos funcionários e garantir a continuidade das operações.
A entidade reforçou o compromisso de retomar suas atividades na capital do enclave palestino assim que houver condições mínimas de segurança. No entanto, ressaltou que, no momento, dezenas de milhares de civis precisam de ajuda urgente, diante da falta de suprimentos e da precariedade dos serviços básicos.
De acordo com o CICV, o apoio seguirá sendo prestado a hospitais e comunidades, sempre que possível, a partir de escritórios em Deir al-Balah, no centro do território, e em Rafah, no sul, onde as operações continuam ativas.
Israel iniciou em 16 de setembro uma ofensiva terrestre em Gaza, considerada o último reduto do grupo extremista Hamas. A ação resultou no deslocamento forçado de mais de 1 milhão de pessoas para o sul do território.
Desde então, os ataques se intensificaram, provocando dezenas de mortes diárias, incluindo civis. Segundo dados recentes, mais de 66 mil palestinos já perderam a vida desde o início da ofensiva. A escalada militar foi uma resposta ao ataque do Hamas contra Israel, em outubro de 2023, que deixou 1.200 mortos e 251 pessoas feitas reféns.
Nesta semana, o Hamas informou que está avaliando a proposta de cessar-fogo apresentada pelos Estados Unidos, já aceita pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.