Autores africanos e brasileiros ganham destaque no Fliaraxá 2025

A 13ª edição do Festival Literário Internacional de Araxá celebra a literatura mundial com homenagens a escritores de destaque do Brasil e da África.

Fonte: CenárioMT

Autores africanos e brasileiros ganham destaque no Fliaraxá 2025
Autores africanos e brasileiros ganham destaque no Fliaraxá 2025 - Foto: Marcelo Del Negri/MPF-RJ

Entre os dias 1º e 5 de outubro, Araxá recebe a 13ª edição do Festival Literário Internacional de Araxá (Fliaraxá), que homenageia a escritora ruandesa Scholastique Mukasonga e o autor baiano Itamar Vieira Junior.

O evento contará com a participação de mais de 40 autores do Brasil e do exterior, reunidos sob o tema Literatura, Encruzilhada e Memória. Entre os convidados internacionais, a escritora camaronense Léonora Miano participará de mesas que abordam ancestralidade, democracia, justiça e desafios contemporâneos.

O patrono desta edição é Agripa Vasconcelos, conhecido pelo livro A vida em flor de Dona Beja, enquanto o autor local homenageado é Fernando Braga de Araújo, autor de Araxá põe a mesa.

Entrevista com a coordenadora

Bianca Santana, coordenadora do Fliaraxá, explicou que o tema central busca refletir sobre o encontro entre histórias e autorias. “A encruzilhada representa o cruzamento de caminhos e saberes, enquanto a memória sustenta esses percursos. O festival promove mesas literárias que discutem obras importantes e temas como ancestralidade, democracia e justiça”, destacou.

Sobre a participação feminina, Bianca afirmou que as mulheres são maioria entre os convidados e ocupam destaque nas mesas centrais, garantindo diversidade de gênero e raça no evento.

Homenagear Scholastique Mukasonga é reconhecer a relevância de sua obra. Sua escrita aborda trauma, exílio, maternidade e violência, reforçando a dignidade e resistência da experiência tutsi durante o genocídio em Ruanda.

Destaques do festival

O Fliaraxá 2025 destaca-se pelo encontro entre obras e autorias diversas, promovendo uma verdadeira encruzilhada literária que celebra memória e literatura.

Presença no Rio

No dia 8 de outubro, Scholastique Mukasonga participará de um encontro com leitores no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro, debatendo o livro A mulher de pés descalços, que retrata a experiência das mulheres tutsis durante o genocídio de 1994.

Graduado em Jornalismo pelo Unasp (Centro Universitário Adventista de São Paulo): Base sólida em teoria e prática jornalística, com foco em ética, rigor e apuração aprofundada.