Em Nova Mutum, no Mato Grosso, uma operação policial desarticulou um esquema de produção de cerveja falsificada que movimentava até 900 caixas por semana. O galpão clandestino foi descoberto em pleno funcionamento, com mais de 3 mil garrafas já embaladas e prontas para o comércio regional. Cinco pessoas foram presas e o local foi lacrado.
Segundo as investigações, a quadrilha, vinda de Brasília, atuava há quatro meses na cidade. As bebidas adulteradas tinham como base cervejas oriundas de Sinop/MT, que eram reenvasadas e distribuídas sem qualquer controle de qualidade. As autoridades orientam a população a verificar lacres, selos e rótulos para evitar riscos à saúde.
Enquanto isso, em São Bernardo do Campo (SP), três pessoas morreram após suspeita de intoxicação por metanol, incluindo um advogado de 45 anos. O composto químico, usado em combustíveis e solventes, é altamente tóxico e proibido em bebidas alcoólicas. Os sintomas relatados foram visão turva, confusão mental, dores abdominais e perda de consciência.
Exames laboratoriais confirmaram a presença de metanol no organismo de uma das vítimas, reforçando a gravidade do caso. O episódio levou a um alerta nacional, com recomendações para que hospitais fiquem atentos a casos de intoxicação e que bares redobrem o cuidado na verificação dos produtos servidos.
Dois crimes, um mesmo risco: apesar de não terem ligação direta, os episódios em Nova Mutum e São Bernardo do Campo expõem a vulnerabilidade do consumidor diante de bebidas adulteradas, capazes de causar intoxicação grave ou até a morte. As autoridades reforçam que denúncias podem ser feitas de forma anônima pelos números 190 e 181.