O crédito rotativo é uma das modalidades de financiamento mais usadas no Brasil, mas também uma das que mais pesam no bolso dos consumidores.
Ele é acionado automaticamente quando a pessoa paga apenas uma parte da fatura do cartão de crédito, deixando o restante para depois.
O problema é que essa forma de crédito tem os juros mais altos do mercado, o que pode transformar uma dívida pequena em um grande problema financeiro em pouco tempo.
Como funciona o crédito rotativo

Quando o cliente não paga o valor total da fatura do cartão, o banco oferece o chamado crédito rotativo. Nesse caso, a instituição financeira empresta o valor que ficou em aberto, cobrando juros até o pagamento da dívida.
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Por exemplo: se a fatura é de R$ 1.000 e o cliente paga apenas R$ 400, os R$ 600 restantes entram no rotativo. Esse valor, no mês seguinte, já virá com acréscimos de juros e encargos.
Taxas de juros do crédito rotativo

Segundo dados do Banco Central, os juros do crédito rotativo ultrapassam 400% ao ano, em média. Isso significa que uma dívida de R$ 600 pode dobrar de valor em poucos meses, caso não seja quitada.
Essa realidade coloca o rotativo como uma das principais causas de endividamento das famílias brasileiras.
Alternativas para sair do crédito rotativo

Para evitar que a dívida cresça, os bancos são obrigados a oferecer, após 30 dias no rotativo, a migração para um parcelamento com juros menores. Essa opção, apesar de ainda ter custos, é menos pesada que manter o saldo no rotativo.
Outra saída é buscar renegociação direta com o banco, ou até mesmo utilizar empréstimos pessoais com taxas mais baixas para quitar o cartão.
Dicas para não cair no crédito rotativo

- Organize as finanças: anote gastos fixos e variáveis para não perder o controle do orçamento.
- Evite pagar apenas o mínimo: essa prática abre a porta para o rotativo.
- Use o cartão com consciência: prefira o débito em compras do dia a dia e reserve o crédito para emergências ou parcelamentos planejados.
- Crie reserva financeira: guardar pequenos valores por mês pode evitar que o cartão seja usado como “empréstimo” imediato.
O crédito rotativo deve ser encarado como uma opção de emergência e de curtíssimo prazo. Usá-lo constantemente pode comprometer a renda e gerar dívidas difíceis de pagar. Por isso, especialistas em finanças pessoais reforçam: a melhor maneira de lidar com o rotativo é não depender dele.
Perguntas e respostas sobre o crédito rotativo

O que acontece se eu pagar apenas o valor mínimo da fatura?
Quando você paga só o valor mínimo, o restante entra no crédito rotativo, que tem juros muito altos. Isso faz a dívida crescer rapidamente de um mês para o outro.
Qual a diferença entre crédito rotativo e parcelamento da fatura?
- Crédito rotativo: usado quando o pagamento é parcial; os juros são os mais altos do mercado.
- Parcelamento da fatura: oferecido pelo banco após 30 dias no rotativo; tem juros menores que o rotativo, mas ainda são mais caros do que outras linhas de crédito.
Vale a pena usar o crédito rotativo?
Não. Ele deve ser usado apenas em uma situação emergencial e por muito pouco tempo, já que os juros podem multiplicar a dívida.
O que fazer para sair do crédito rotativo?
- Negociar o parcelamento da fatura com juros reduzidos.
- Usar um empréstimo pessoal com taxa mais baixa para quitar o cartão.
- Buscar programas de renegociação de dívidas, como o Desenrola Brasil.
Como evitar cair no rotativo?
- Pagar sempre o valor total da fatura.
- Evitar gastos acima do que o orçamento mensal permite.
- Usar o cartão de crédito de forma planejada, sem comprometer mais de 30% da renda.