Polícia Civil desarticula esquema financeiro de facção em Água Boa

Seis pessoas foram presas e valores em dinheiro, celulares e documentos foram apreendidos na quinta fase da Operação Eclipse, que investigava lavagem de dinheiro no interior de Mato Grosso.

Fonte: CenárioMT

Polícia Civil desarticula esquema financeiro de facção em Água Boa
Polícia Civil desarticula esquema financeiro de facção em Água Boa - Foto: PJC

A Polícia Civil de Mato Grosso realizou, nesta terça-feira (30), a quinta fase da Operação Eclipse, revelando um complexo esquema de lavagem de dinheiro operado por uma facção criminosa em Água Boa, com ramificações em Rondonópolis e Barra do Garças.

Coordenada pela Delegacia de Água Boa, a investigação apontou que o grupo utilizava a fachada “Vale Crédito” para mascarar práticas de agiotagem e movimentações financeiras ilícitas. Ao todo, foram cumpridas 18 ordens judiciais expedidas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo) de Cuiabá, incluindo sete prisões preventivas, sete mandados de busca e apreensão, dois bloqueios de contas e dois sequestros de bens.

Seis pessoas foram presas, entre elas um assessor de vereador de Rondonópolis. Durante a operação, os policiais apreenderam quantias em dinheiro, registros de transações financeiras, celulares e outros dispositivos, que auxiliarão nas próximas fases das investigações.

Segundo o delegado Bruno Gomes, responsável pela operação, o objetivo central é atingir o núcleo financeiro da facção. “Apuramos que parte do grupo atuava como factoring, emprestando dinheiro inclusive a comerciantes dos municípios alvos da operação”, explicou. A intenção é enfraquecer financeiramente o grupo criminoso.

Participaram cerca de 60 policiais civis da Diretoria do Interior e Metropolitana, com apoio da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core) e do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer).

As investigações revelaram que o “Vale Crédito” operava de forma clandestina, oferecendo empréstimos a comerciantes para dissimular recursos provenientes do tráfico de drogas. A facção aplicava juros elevados e distribuía valores em contas de terceiros, dificultando o rastreamento e conferindo aparência de legalidade aos recursos ilícitos.