O Brasil registrou em agosto um saldo positivo de 147.358 empregos formais, segundo dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O resultado do mês decorreu de 2.239.895 admissões e 2.092.537 desligamentos.
O desempenho de agosto superou o saldo de julho, que foi de 134.251 empregos. No entanto, a criação de vagas caiu em comparação ao mesmo período de 2024, quando foram gerados 239.069 empregos, refletindo os impactos da alta de juros e da desaceleração econômica.
Entre os cinco grandes setores, quatro apresentaram crescimento. Serviços liderou com 81.002 novas vagas, seguido de Comércio com 32.612, Indústria com 19.098 e Construção Civil com 17.328. Apenas a Agropecuária registrou saldo negativo, com 2.665 vagas.
O saldo positivo foi registrado em 25 dos 27 estados. Em números absolutos, São Paulo gerou 45.450 vagas, Rio de Janeiro 16.128 e Pernambuco 12.692. Proporcionalmente, Paraíba (1,61%), Rio Grande do Norte (0,98%) e Pernambuco (0,82%) lideraram o crescimento estadual.
Do total de postos gerados, 75,1% foram típicos e 24,9% não típicos, com destaque para trabalhadores com jornada de até 30 horas semanais (40.544, principalmente em educação) e aprendizes (20.252).
Nos últimos 12 meses, de julho de 2024 a agosto de 2025, o país criou 1.438.243 vagas formais, número inferior ao registrado no período anterior, que somou 1.804.122 empregos.
O salário médio real de admissão em agosto foi de R$ 2.295,01, alta de R$ 12,70 (+0,56%) em relação a julho, quando estava em R$ 2.282,31.