Mutirão de saúde em Várzea Grande foca em prevenção de micose rural grave

A coordenadora do projeto e pesquisadora da Faculdade de Medicina da UFMT, doutora Rosane Christine Hahn, enfatiza a gravidade da doença e a importância do diagnóstico precoce.

Fonte: CENÁRIOMT

Mutirão de saúde em Várzea Grande foca em prevenção de micose rural grave

A comunidade rural do Sadia III, em Várzea Grande, receberá neste sábado, 27 de setembro, uma importante ação de saúde preventiva voltada para as famílias da agricultura familiar. A iniciativa, que será estendida a todas as comunidades rurais do município, tem como principal objetivo a coleta de sangue para investigação da Paracoccidioidomicose (PCM), uma micose sistêmica grave e endêmica no Brasil.

A coleta de sangue será realizada a partir das 6h30, com os resultados sendo posteriormente entregues às comunidades. Além do exame, a ação incluirá orientações sobre a doença, suas formas de prevenção e os cuidados necessários para evitar complicações.

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A Paracoccidioidomicose é transmitida pela inalação de esporos do fungo que vive no solo e atinge, predominantemente, homens em contato direto com a terra, seja na agricultura, no manuseio de máquinas ou em garimpos.

A coordenadora do projeto e pesquisadora da Faculdade de Medicina da UFMT, doutora Rosane Christine Hahn, enfatiza a gravidade da doença e a importância do diagnóstico precoce.

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“Essa doença pode comprometer pulmões, ossos e mucosas, causando sequelas como dificuldade de engolir e lesões ósseas incapacitantes. É fundamental que aproveitem e façam o exame, porque o diagnóstico precoce evita sequelas incapacitantes e garante qualidade de vida”, alertou a especialista.

A doutora Rosane também alerta que, apesar de mais prevalente em homens, mulheres antes da puberdade ou após a menopausa também estão expostas e devem realizar a sorologia.

O projeto é resultado de uma parceria que une ciência e gestão pública, envolvendo a Prefeitura de Várzea Grande, o Governo de Mato Grosso (por meio da Seaf-MT), as universidades UFMT, UNIFESP, UFRN e UNIVAG, com financiamento da Fapemat.

O secretário municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural Sustentável, Ricardo Amorim, ressaltou que a ação só foi possível graças à soma de esforços para levar saúde preventiva ao campo. O coordenador de Desenvolvimento Rural da SEMMADRS, Leandro Luiz da Silva, complementou que o trabalho vai além da assistência técnica de produção, focando no bem-estar e na saúde dos agricultores familiares para garantir dignidade e qualidade de vida.

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Graduada em Jornalismo pela Faculdade La Salle em Lucas do Rio Verde (MT), atuou como estagiária na Secretaria Municipal de Educação. Desde 2010 trabalha na redação e, atualmente, é repórter e redatora do CenárioMT nas editorias Mundo, Mato Grosso e Cidadania. Para dúvidas, correções ou sugestões de pauta, entre em contato: [email protected]