Ubiraci Rodrigues da Costa, o Biriba, pioneiro do tênis de mesa brasileiro, faleceu na última quinta-feira (25), aos 80 anos. O velório ocorre no Cemitério da Quarta Parada, na zona leste de São Paulo, até 14h desta sexta-feira (26). A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM) e o Palmeiras, clube pelo qual competiu, confirmaram a morte, sem informar a causa.
Nascido em 26 de junho de 1945, em São Paulo, Biriba conquistou o título sul-americano aos 11 anos, competindo entre adultos. Aos 13, surpreendeu o mundo ao derrotar os japoneses Tanaka Toshiaki e Ogimura Ichiro, campeões mundiais, em amistosos no Ginásio do Ibirapuera.
Por esses feitos, o jovem mesatenista dividiu a capa do jornal A Gazeta Esportiva com Pelé e Maria Esther Bueno, sendo chamado de “triângulo de ouro dos esportes brasileiros”.
Em 1961, aos 15 anos, Biriba alcançou as oitavas de final do Mundial em Pequim, eliminando o campeão local Rong Guotan. Pelo desempenho histórico, recebeu um telegrama do presidente Jânio Quadros. Sua marca foi igualada por Claudio Kano em 1987 e superada apenas em 2021 por Hugo Calderano.
Aos 21 anos, Biriba deixou o esporte profissional por falta de apoio. Formou-se em Economia e trabalhou por 50 anos na Secretaria da Fazenda. Em entrevista de 2020, relembrou as dificuldades da época: “Era super amador, não ganhávamos nada”.
Mesmo fora das competições, o ex-atleta permaneceu reconhecido internacionalmente. A empresa japonesa Butterfly lançou uma raquete com seu nome, ‘Biriba’, que ele conheceu em Tóquio, em 1996.
“Tênis de mesa não significa somente vitórias, título e fama. Para mim, o mais importante foram as amizades e a sociabilização das crianças”, afirmou Biriba em depoimento à CBTM, celebrando os 64 anos de seu triunfo histórico na China.