PCC é alvo de operação que investiga lavagem de dinheiro em postos e motéis

A Operação Spare desarticulou esquema do PCC que utilizava postos de combustíveis, motéis e empresas de fachada para movimentar milhões de reais.

Fonte: CenárioMT

PCC é alvo de operação que investiga lavagem de dinheiro em postos e motéis
PCC é alvo de operação que investiga lavagem de dinheiro em postos e motéis - Foto: MPSP/Divulgação

A Operação Spare, realizada em São Paulo nesta quinta-feira (25), revelou que o Primeiro Comando da Capital (PCC) usava postos de combustíveis, motéis e empresas de fachada para lavagem de dinheiro.

As investigações começaram a partir da suspeita sobre casas de jogos na Baixada Santista e do uso de máquinas de crédito e débito ligadas a dois postos de combustíveis.

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“Identificamos um grupo criminoso responsável pelo branqueamento de capitais não só por meio dos dois postos. Os envolvidos controlavam também outros estabelecimentos no setor de combustíveis, uma rede de motéis e empresas de fachada que movimentaram milhões de reais”, afirmou o promotor de Justiça Silvio Loubeh, do Gaeco.

Foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão para desarticular o esquema de exploração de jogos de azar e venda de combustíveis adulterados, com utilização de uma fintech para ocultar a origem do dinheiro.

O comandante do Policiamento de Choque, coronel Valmor Racorti, informou que quase R$ 1 milhão em espécie, 20 celulares, computadores e uma arma de fogo foram apreendidos.

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O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, destacou que serão adotadas medidas para ampliar o controle sobre a importação de petróleo e derivados, além de identificar os beneficiários finais de fundos de investimento.

“É uma série de avanços que precisaremos fazer para combater essa infiltração tão ampla”, disse Barreirinhas.

A Operação Spare contou com a participação de 110 policiais militares do Comando de Choque de São Paulo, agentes da Receita Federal, da Procuradoria-Geral do Estado e da Secretaria da Fazenda.

Esquema criminoso

As investigações mostraram que máquinas de cartão apreendidas em casas de jogos clandestinos, em Santos, estavam vinculadas a postos de combustíveis, e os valores eram transferidos para a fintech para ocultar a origem ilícita dos recursos.

A empresa envolvida é a mesma investigada na Operação Carbono Oculto, realizada em agosto, também contra o PCC.

Um dos alvos é um operador de longa data do PCC, que atua há mais de duas décadas no mercado de combustíveis em São Paulo.

Os suspeitos utilizavam postos, empreendimentos imobiliários, motéis e lojas de franquias no esquema milionário.

* Com informações da Rádio Nacional

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Gabriela Cordeiro Revirth, independente jornalista e escritora, é uma pesquisadora apaixonada de astrologia, filmes, curiosidades. Ela escreve diariamente para o Portal de Notícias CenárioMT para partilhar as suas descobertas e orientar outras pessoas sobre esses assuntos. A autora está sempre à procura de novas descobertas para se manter atualizada. Envie sua sugestão para o e-mail [email protected]