O policial militar Raylton Mourão, suspeito de envolvimento na morte da personal trainer Rozeli da Costa Nunes, se entregou espontaneamente neste domingo (21) à polícia em Cuiabá (MT). Ele se apresentou por volta das 14h no 1º Batalhão, onde está lotado, e deve prestar depoimento ainda nesta segunda-feira (22) na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
A esposa do policial, Aline Valandro Kounz, continua foragida. Ambos são alvos de mandados de prisão temporária expedidos pela Justiça na última segunda-feira (15).
Rozeli foi baleada com cerca de seis tiros dentro do próprio carro enquanto saía para trabalhar, no último dia 11. A principal linha de investigação aponta que o crime pode ter sido motivado por uma disputa judicial envolvendo a vítima, o policial militar e sua esposa, relacionada a um acidente de trânsito. O PM é apontado como suspeito de participação direta na execução.
Com o cumprimento do mandado de prisão, Raylton Mourão permanece detido e à disposição da Justiça.
Imagens de câmeras de segurança mostram Raylton Mourão saindo de moto de sua casa na madrugada do dia do crime, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, e retornando a pé em seguida.
O policial também é investigado por outro incidente na região, quando teria atirado contra o portão de uma empresa em 11 de agosto.
Segundo as imagens, Mourão deixou sua residência no Bairro São Simão às 3h28, conduzindo uma moto com características semelhantes à usada no crime. Cerca de 40 minutos depois, dois homens em uma motocicleta foram vistos próximos à casa de Rozeli, retornando em seguida, o que levantou suspeitas sobre monitoramento da rotina da vítima.
Entre 6h e 6h20, os suspeitos circulam novamente pela área e, às 6h25, o crime é cometido, com fuga imediata dos autores.
Rozeli deixou dois filhos, de 6 e 12 anos, e o marido, caminhoneiro que estava a trabalho em Sorriso, a 420 km de Cuiabá, quando ocorreu o assassinato.


















