Após dias com temperaturas acima dos 40ºC, a soma de calor extremo, estiagem prolongada e baixos índices de umidade levou ao aumento do alerta para queimadas em Rondonópolis e no sul e sudeste de Mato Grosso.
Segundo previsões meteorológicas, a semana será uma das mais críticas do ano, com impacto direto na saúde, no meio ambiente e nas atividades econômicas. O INMET aponta umidade entre 12% e 20% em municípios da região, favorecendo a propagação rápida do fogo em áreas urbanas e rurais.
O Programa Queimadas do INPE identificou centenas de focos ativos em setembro, colocando Mato Grosso entre os líderes nacionais. Municípios como Rondonópolis, Itiquira, Alto Araguaia e Pedra Preta estão entre os mais afetados.
Equipes do Corpo de Bombeiros enfrentam dezenas de ocorrências diárias, com reforço de efetivo em Rondonópolis. Pequenas fagulhas podem evoluir para incêndios de grandes proporções, exigindo colaboração da população.
A fumaça das queimadas tem provocado aumento de casos de asma, bronquite e irritação ocular. Além disso, produtores enfrentam prejuízos com pastagens queimadas, queda na qualidade do solo e riscos para lavouras. O transporte rodoviário também sofre com a redução de visibilidade causada pela fumaça.
A Defesa Civil ativou o Gabinete de Crise do Período de Estiagem, integrando ações de combate, fiscalização e monitoramento. Entre as medidas estão a proibição do uso do fogo, fiscalização intensiva em propriedades rurais e campanhas de conscientização.
Setembro concentra os maiores índices de focos de calor no estado. Em 2024, foram mais de 32 mil ocorrências registradas. Em 2025, a tendência segue em alta, com Rondonópolis como um dos municípios mais vulneráveis.
Orientações à população
- Evite qualquer tipo de queimada.
- Redobre cuidados com bitucas de cigarro em rodovias.
- Mantenha-se hidratado e evite atividades físicas nos horários mais quentes.
- Procure atendimento médico em casos de falta de ar ou tosse persistente.
- Acione bombeiros (193) ou Defesa Civil (199) em caso de incêndios.
Com previsão de dias ainda mais secos e quentes, Rondonópolis e o sul de Mato Grosso atravessam um dos períodos mais severos de queimadas da última década, exigindo união entre órgãos públicos e população.