A colheita do algodão em Mato Grosso entrou em sua reta final e já alcança 98,57% da área cultivada até o dia 12 de setembro de 2025, segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). O avanço de mais de 6 pontos percentuais na última semana indica aceleração dos trabalhos no campo e consolida o estado como protagonista da produção nacional da pluma.
O destaque vai para a região Médio-Norte, onde estão localizadas importantes cidades produtoras, como Lucas do Rio Verde, Sorriso e Nova Mutum. A região atingiu 99,41% da área colhida, praticamente concluindo os trabalhos. A pujança do Médio-Norte reforça a importância da região como centro estratégico da cotonicultura, sendo responsável por parcela expressiva da produção estadual.
No comparativo regional, o Nordeste lidera em termos percentuais, com 99,64% colhido, seguido pelo Centro-Sul, com 98,83%, e pelo Noroeste, com 98,84%. Já o Oeste e o Sudeste apresentam índices de 98,37% e 97,40%, respectivamente. A média estadual ficou em 98,57%, consolidando praticamente o encerramento da safra.
Embora o desempenho seja positivo, o relatório do Imea aponta que a colheita de 2025 está levemente abaixo da registrada no mesmo período da safra 2023/24, com diferença de -1,13 pontos percentuais na média estadual. A maior defasagem aparece no Sudeste, com -1,85 p.p., seguida pelo Oeste, com -1,56 p.p.. No caso do Médio-Norte, o atraso foi de apenas -0,33 p.p., diferença considerada pouco relevante frente ao volume produzido.
Desde o início dos trabalhos, em junho, o avanço tem sido constante: em menos de três meses, o percentual colhido saltou de 0,21% para quase 99%. Essa velocidade garante maior segurança à produção, reduzindo riscos climáticos e fortalecendo a logística de escoamento.
O cenário evidencia que Mato Grosso caminha para consolidar mais uma safra recorde de algodão, com impacto direto nas exportações e na indústria têxtil nacional. Para o Médio-Norte, e em especial para Lucas do Rio Verde, os números reforçam o papel estratégico da região, que alia tecnologia, escala produtiva e organização logística para sustentar o crescimento da cultura.
Com a colheita praticamente concluída, as atenções se voltam agora para o beneficiamento e para a qualidade da fibra, fatores essenciais para manter a competitividade do algodão mato-grossense nos mercados interno e externo.