A Polícia Civil de Mato Grosso realizou nesta sexta-feira (12.9), em Canarana, a Operação Guardiões 2 com foco em crimes ambientais, ameaças a comunidades ribeirinhas e indígenas, além do uso e porte ilegal de armas de fogo.
A investigação da Delegacia de Canarana aponta que indivíduos ligados a algumas pousadas e ranchos, já investigados anteriormente, retomaram práticas ilícitas na região do Xingu.
Foram cumpridos oito mandados judiciais de busca e apreensão em residências, ranchos ribeirinhos, embarcações e estruturas próximas ao rio Sete de Setembro, no entorno do rio Xingu. Durante a operação, armas de fogo, munições e materiais para pesca ilegal foram apreendidos, incluindo produtos de caça e pescados obtidos de forma irregular.
O trabalho contou com a participação de 45 policiais civis das Delegacias Regionais de Água Boa e Barra do Garças.
Entre as práticas criminosas identificadas estão o lançamento de fios de aço no leito do rio, disparos para intimidar pescadores, pesca predatória em período de defeso e utilização de estruturas já interditadas. O delegado de Canarana, Diogo Jobane, ressaltou que as armas encontradas não possuem registro no Sistema Nacional de Armas, configurando porte e posse ilegal.
“Há ainda registros de ameaças de morte explícitas contra moradores e lideranças indígenas, gerando clima de insegurança e medo”, afirmou o delegado.
A Delegacia de Canarana reforça o compromisso de proteger a ordem pública, a vida das comunidades e assegurar a confiança da sociedade no cumprimento da lei, diante da reincidência criminosa e do risco significativo ao meio ambiente.
A Polícia Civil continuará atuando de forma incisiva na região, em parceria com órgãos ambientais e de segurança, para garantir o cumprimento das normas, a preservação ambiental e a segurança da população.

















