Os desembargadores da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) negaram, nesta quinta-feira (11), o pedido de habeas corpus da defesa de Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam. Com isso, ele continuará preso.
A decisão também impede a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares. O rapper é acusado de homicídio qualificado contra o delegado Moyses Santana Gomes e o policial civil Alexandre Alvez Ferraz.
Em seu voto, a desembargadora Marcia Perrini Bodart, relatora do pedido, ressaltou que “a manutenção da prisão é necessária para garantir a ordem pública e resguardar a paz social”.
Entenda o caso
Oruam foi indiciado por sete crimes: associação ao tráfico de drogas, tráfico de drogas, resistência, desacato, dano, ameaça e lesão corporal. Os incidentes ocorreram na noite de 21 de julho, em frente à residência do rapper, no bairro do Joá, zona oeste do Rio.
Segundo a polícia, Oruam e um grupo de amigos impediram agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) de cumprir um mandado de apreensão contra um adolescente ligado ao tráfico. Durante a ação, os suspeitos hostilizaram os policiais, lançaram pedras na viatura e registraram os episódios em vídeos nas redes sociais.
Um dos participantes fugiu para dentro da casa de Oruam, obrigando a equipe policial a entrar no imóvel para capturá-lo. O rapper e seus amigos deixaram o local, e Oruam afirmou nas redes sociais que os agentes tentavam prendê-lo e questionou a legalidade da ação, relatando que seguiu para o Complexo da Penha.
Oruam é filho de Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, líder histórico de facção criminosa, atualmente preso em presídio federal fora do Rio de Janeiro. O rapper se entregou à Polícia Civil no dia seguinte, na Cidade da Polícia.














