O Brasil enfrenta uma onda de calor histórica neste mês de setembro de 2025, com novas marcas sendo registradas em diversas capitais. Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), as temperaturas continuam subindo e algumas cidades já superaram a marca dos 40°C, índice que deve se repetir ao longo dos próximos dias em várias regiões do país.
No dia 10 de setembro, a capital Palmas (TO) atingiu 40,2°C, estabelecendo um novo recorde anual. A marca anterior, de 39,6°C, já havia colocado a cidade entre as chamadas capitais do “Clube das Quarentonas”, que frequentemente registram temperaturas acima dos 40°C. Já em Cuiabá (MT), os termômetros preliminares apontaram 41,0°C, valor que pode ser confirmado como novo recorde para este ano.
Além dessas capitais, cidades do interior também enfrentaram o calor extremo. Em Ibotirama (BA), a máxima chegou a 40,9°C, enquanto Castelo do Piauí (PI) registrou 40,7°C. O cenário reforça a intensidade da massa de ar quente que predomina sobre o país.
Massa de ar quente intensifica calor no Brasil
De acordo com os meteorologistas, o fenômeno é provocado pela presença de uma forte massa de ar quente e seco, que se espalha pelo Centro-Oeste, Sudeste, Norte e Nordeste. Essa configuração atmosférica inibe a formação de nuvens de chuva, o que contribui para o acúmulo de calor.
Capitais como Campo Grande, Cuiabá, Goiânia, Brasília, Palmas e Teresina estão entre as mais suscetíveis a registrarem novos recordes de temperatura nos próximos dias. A previsão indica que o calor intenso deve persistir até meados da próxima semana, quando a chegada de uma frente fria ao Sul pode trazer apenas um alívio temporário em alguns pontos.
No entanto, especialistas alertam que essa frente fria não terá força suficiente para derrubar as temperaturas nas regiões mais centrais do país, onde o tempo seco e quente deve continuar predominando.
Recordes confirmados pelo INMET
Até as 18h do dia 10 de setembro, os registros oficiais do INMET apontaram os seguintes extremos:
- 41,0°C em Cuiabá (MT) — possibilidade de novo recorde anual a ser confirmado.
- 40,9°C em Ibotirama (BA).
- 40,7°C em Castelo do Piauí (PI).
- 40,2°C em Palmas (TO) — recorde histórico de 2025.
Esses números mostram como setembro começou com temperaturas fora do padrão, intensificando os riscos de queimadas e aumentando a preocupação com a saúde da população, principalmente em cidades do interior, onde a umidade relativa do ar chega a níveis críticos, muitas vezes abaixo de 20%.
Impactos do calor extremo
As consequências dessa onda de calor são múltiplas. No campo da saúde, especialistas recomendam reforçar a hidratação, evitar atividades físicas ao ar livre nos horários mais quentes e utilizar roupas leves. O aumento da procura por atendimento médico em casos de desidratação e mal-estar já tem sido relatado em algumas cidades.
No setor agropecuário, o calor somado à falta de chuva dificulta o início da safra de verão, especialmente no Centro-Oeste e no Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). A baixa umidade do solo compromete o preparo das áreas e pode atrasar o calendário de plantio da soja em diversas regiões produtoras.
Além disso, a vegetação seca e as altas temperaturas ampliam o risco de incêndios florestais, exigindo atenção redobrada de autoridades ambientais e da Defesa Civil.
Previsão para os próximos dias
A expectativa é que o calor continue predominando em grande parte do Brasil até a próxima semana. No Sul, uma frente fria deve provocar chuva e queda nas temperaturas, especialmente no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Entretanto, no Sudeste e Centro-Oeste, o cenário será de sol forte, calor intenso e baixa umidade do ar, aumentando ainda mais o desconforto térmico.
Enquanto os brasileiros buscam formas de se proteger do calor, meteorologistas reforçam que este episódio segue a tendência dos últimos anos, em que ondas de calor se tornam mais frequentes e intensas devido ao aquecimento global e à alteração nos padrões climáticos.


















