Operação Conductor revela esquema de tráfico e lavagem de dinheiro em Mato Grosso

A Polícia Civil de Mato Grosso desarticulou um grupo criminoso que fornecia drogas para facções e movimentava milhões em empresas de fachada.

Fonte: CenárioMT

Operação Conductor revela esquema de tráfico e lavagem de dinheiro em Mato Grosso
Operação Conductor revela esquema de tráfico e lavagem de dinheiro em Mato Grosso - Foto: PJC

A Operação Conductor, conduzida pela Polícia Civil de Mato Grosso, identificou um grupo criminoso responsável por fornecer drogas a pelo menos duas facções no estado. As ações ocorreram nesta terça-feira (2.9) e resultaram no cumprimento de 91 de 95 mandados judiciais.

O grupo atuava com tráfico de drogas e lavagem de dinheiro na região de fronteira e na área metropolitana de Cuiabá. Durante a operação, foram apreendidos R$ 29 mil em espécie, cinco veículos e 190 munições. Entre os alvos, 12 foram presos e um deles autuado em flagrante por posse ilegal de arma de fogo.

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Modus Operandi

O líder do grupo é um advogado de 32 anos, apelidado de “Doutor”, que controlava transporte, armazenamento e distribuição das drogas na região metropolitana de Cuiabá. Ele também coordenava pagamentos e a logística de uma van usada no tráfico. Sua irmã e outros cinco familiares participavam da organização, cuidando do recebimento e distribuição das drogas, além de movimentar recursos financeiros.

As investigações começaram após a prisão de um homem de 31 anos em Cáceres, flagrado transportando 153,8 kg de cocaína disfarçada em um veículo de passageiros. O motorista recebia R$ 30 mil por viagem e movimentou mais de R$ 1 milhão em duas contas entre 2023 e 2024. Outro integrante ligado à família do advogado movimentou mais de R$ 3,7 milhões, sendo suspeito de ligação com facções criminosas.

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Lavagem de dinheiro

O grupo utilizava empresas de fachada para lavagem de dinheiro, incluindo uma de energia solar em Cuiabá, que movimentou R$ 23 milhões em 2024, e uma farmácia inexistente, cujo capital social saltou de R$ 5 mil para R$ 800 mil. Empresas em funcionamento, como uma de alimentos e uma distribuidora de bebidas, também foram usadas para ocultar valores provenientes do tráfico.

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