STF marca julgamento de Bolsonaro: veja datas, horários e o que está em jogo

Fonte: CenárioMT

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
As sessões estão previstas entre os dias 2 e 12 de setembro; ex-presidente é acusado de ser o principal beneficiado em tentativa de golpe de Estado.
O Supremo Tribunal Federal (STF) definiu o início do julgamento de Jair Bolsonaro e outros sete acusados ligados à tentativa de golpe de Estado ocorrida após as eleições de 2022. As sessões começam em 2 de setembro de 2025 e se estendem até o dia 12 de setembro, com encontros distribuídos ao longo de duas semanas.

Datas e horários das sessões

  • 2 de setembro – 9h às 12h e 14h às 19h
  • 3 de setembro – 9h às 12h
  • 9 de setembro – 9h às 12h e 14h às 19h
  • 10 de setembro – 9h às 12h
  • 12 de setembro – 9h às 12h e 14h às 19h

Quem são os acusados?

Além do ex-presidente, estão na lista outros sete nomes considerados centrais no chamado “núcleo duro” da organização investigada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Entre eles estão ex-ministros de Estado, militares de alta patente e assessores próximos de Bolsonaro.

Segundo a denúncia, todos atuaram de forma coordenada para tentar fragilizar o Estado Democrático de Direito e manter Bolsonaro no poder após a derrota eleitoral.

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Crimes atribuídos

O processo lista uma série de acusações graves contra Bolsonaro e os demais réus. Os principais crimes apontados são:

  • Organização criminosa armada: formação de grupo estruturado com uso de armas e divisão de tarefas para práticas ilícitas;
  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito: ações voltadas a impedir ou restringir o funcionamento dos poderes constitucionais;
  • Golpe de Estado: tentativa de deposição do governo eleito por meio de violência ou grave ameaça;
  • Dano qualificado contra o patrimônio da União: destruição ou deterioração de bens públicos com prejuízo relevante;
  • Deterioração de patrimônio tombado: ataques contra bens protegidos por lei ou decisão judicial.

Se condenado por todas as acusações, Bolsonaro pode enfrentar até 43 anos de prisão.

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Como será o julgamento?

A denúncia apresentada pela PGR será analisada pelo plenário do STF. O colegiado responsável inclui ministros que terão de avaliar tanto a materialidade quanto a participação de cada acusado.

Em caso de absolvição, o processo é arquivado sem aplicação de penas. Se houver condenação, os ministros deverão definir:

  • as penas aplicáveis a cada réu;
  • efeitos civis e administrativos, como indenizações e perda de direitos políticos.

Possíveis consequências

A lei brasileira prevê que, em caso de condenação, os réus podem sofrer punições adicionais, que vão além do cumprimento de penas. Entre elas estão:

  • pagamento de indenização por danos morais coletivos;
  • perda de cargos e mandatos eletivos, caso a pena ultrapasse quatro anos de prisão.
O julgamento é considerado um dos mais importantes da história recente do Brasil, pois definirá a responsabilidade do ex-presidente e de seu núcleo mais próximo em uma das crises políticas mais graves do período democrático.
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