A OJU-Roda Sesc de Cinemas Negros chega à sua quarta edição em São Paulo, trazendo uma seleção de filmes brasileiros dirigidos por cineastas negros ou com protagonistas negros. O evento busca ressaltar a importância histórica do cinema e sua contribuição para a descolonização do olhar.
O nome do festival, inspirado na palavra Yorubá “ojú”, que significa “olho”, reflete a experiência inicial com o cinema. A escolha pelo formato de roda de cinema permite maior aproximação entre os participantes, promovendo o compartilhamento de histórias e a construção de narrativas coletivas.
Com uma programação diversa, incluindo filmes, debates, oficinas, rodas de conversa e apresentações musicais, a mostra valoriza a diversidade de criadoras e criadores negros e evidencia a força política e cultural do audiovisual brasileiro.
A maioria das atividades é gratuita e aberta a todos os públicos, ampliando o acesso e o diálogo entre diferentes comunidades. Participam unidades do Sesc na região metropolitana de São Paulo e em cidades do interior e litoral paulista, além de exibições na Universidade Zumbi dos Palmares.
O evento será inaugurado no Cinesesc, em São Paulo, com a pré-estreia do filme Suçuarana, de Clarissa Campolina e Sérgio Borges. O enredo acompanha Dora, uma mulher nômade que percorre o Brasil em busca de Suçuarana, uma terra misteriosa mencionada por sua mãe falecida.
Entre os destaques da programação estão curtas e longas como Brasiliana: o Musical Negro que Apresentou o Brasil, de Joel Zito Araújo, vencedor do Brasil Cinemundi 2017; Malês, dirigido por Antônio Pitanga, baseado na Revolta dos Malês na Bahia; e Kasa Branca, de Luciano Vidigal, premiado no Festival Internacional de Cinema de Torino.
O festival segue até 11 de setembro, proporcionando uma ampla oportunidade para apreciar a produção cinematográfica negra e refletir sobre sua relevância cultural.