As principais entidades do comércio em Mato Grosso, Fecomércio-MT e CDL Cuiabá, manifestaram publicamente seu apoio à operação “Marca Registrada”, deflagrada na última quinta-feira (28) pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon). O objetivo da ação foi combater a venda de roupas, calçados e acessórios de grife falsificados em outlets da região metropolitana de Cuiabá.
As organizações destacam que a pirataria não é um problema menor, mas sim um crime de larga escala que causa prejuízos bilionários à economia e prejudica o desenvolvimento social.
Dados do Fórum Nacional Contra a Pirataria revelam que, em 2024, o Brasil perdeu R$ 468 bilhões com mercadorias ilegais. O setor de vestuário foi o mais afetado, com um prejuízo de R$ 87 bilhões. Além do impacto financeiro, a pirataria cria uma concorrência desleal que prejudica empresas que operam dentro da lei, pagam impostos e geram empregos formais.
Um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que, em 2023, cerca de 370 mil empregos formais deixaram de ser criados em todo o país devido a essa competição ilegal. As entidades do comércio reforçam que a pirataria está frequentemente ligada a outros crimes, como contrabando, e que, por isso, a atuação das autoridades de segurança pública é fundamental.
As organizações reiteram seu compromisso em trabalhar junto ao governo e aos órgãos de segurança para defender o comércio legal, proteger os empregos e os direitos dos consumidores.