O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), conhecido popularmente como inflação do aluguel, registrou aumento de 0,36% em agosto, após três meses consecutivos de queda. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Em julho, o índice havia marcado -0,77%, seguindo retrações de -0,49% em maio e -1,67% em junho. Com o resultado de agosto, o IGP-M acumula alta de 3,03% nos últimos 12 meses, contra 4,26% no mesmo período do ano passado. Em março deste ano, o indicador chegou a 8,58%.
Componentes do índice
A FGV calcula o IGP-M a partir de três componentes: o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do total; o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com 30%; e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), com 10%.
Em agosto, o IPA subiu 0,43%, impulsionado principalmente pelo minério de ferro (6,76%), soja em grão (3,73%) e banana (15,03%). Já o IPC recuou 0,07%, com destaque para a queda em passagens aéreas (-8,56%), tarifa de eletricidade residencial (-1,97%) e gasolina (-0,85%). A redução no valor das passagens se deve ao fim do período escolar, enquanto a conta de luz teve alívio devido ao Bônus de Itaipu, beneficiando mais de 80 milhões de consumidores. O INCC registrou alta de 0,70% no mês.
Relevância da inflação do aluguel
O IGP-M é chamado de inflação do aluguel porque o índice acumulado em 12 meses costuma servir de referência para o reajuste anual de contratos imobiliários, além de impactar tarifas públicas e serviços essenciais. A coleta de preços para o levantamento do indicador foi realizada entre 21 de julho e 20 de agosto em cidades como Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador.
