O mercado do feijão tem apresentado comportamentos distintos neste mês, segundo levantamento do Cepea. Mesmo em meio ao avanço da colheita, os preços do feijão carioca vêm reagindo, sustentados pela postura firme de produtores que contam com recursos para armazenar o produto. Além disso, a maior procura por lotes de melhor qualidade tem reforçado a valorização.
Em contrapartida, o feijão preto segue em trajetória de queda, pressionado pelo excedente de oferta típico do período de entressafra. A maior disponibilidade do grão no mercado tem limitado o poder de negociação dos agricultores e favorecido a retração das cotações.
Dados da Conab mostram que até o dia 18 de agosto a colheita do feijão em Minas Gerais atingia pouco mais de 72% da área, com relatos de queda de produtividade devido ao ataque da mosca branca. Já em Goiás, as atividades estão próximas do fim, concentradas principalmente nas regiões Norte, Oeste e Leste do estado.
O cenário indica que, enquanto o feijão carioca encontra espaço para valorização pela seletividade da demanda, o feijão preto tende a manter preços pressionados até que o equilíbrio entre oferta e consumo seja restabelecido.