O Festival Internacional de Curtas de São Paulo (Kinoforum) inicia nesta quinta-feira (21) sua edição de 2025. O evento é gratuito e segue até 31 de agosto, reunindo 253 filmes de 60 países.
Esta edição presta homenagem à cineasta Zita Carvalhosa, fundadora do festival, e comemora os 25 anos do Manifesto Dogma Feijoada, marco no avanço do cinema negro brasileiro. Entre os curtas internacionais, destacam-se Que Bom Que Você Morreu, vencedor da Palma de Ouro em Cannes, e Quem Ama o Sol, premiado em Veneza.
No panorama nacional, os curtas Homenagem A Kiarostami e Mensagem de Sergipe, últimos trabalhos de Jean-Claude Bernardet, e Filme Sem Querer, de Lincoln Péricles, ganham destaque. Segundo Vânia Silva, diretora do festival, o Kinoforum mantém tradição e atrai público jovem, consolidando-se como espaço de experimentação e descoberta.
O evento apresenta diversidade de narrativas e tendências do cinema atual, abordando conflitos culturais e crônicas do Brasil contemporâneo. Marcio Miranda Perez, diretor de programação, reforça a intenção de refletir sobre o mundo e apresentar novas perspectivas através dos curtas.
Dogma Feijoada
Para celebrar 25 anos do manifesto, idealizado por Jeferson De, Lilian Solá Santiago e Noel Carvalho, o festival promove debate sobre o passado e presente do cinema negro, incluindo programas especiais de curtas.
Além disso, o Kinoforum destaca curtas de animação produzidos por mulheres do Leste Europeu, filmes africanos, cinema fantástico e de horror, e mostras voltadas a crianças e adolescentes. Entre os destaques estão Uma Menina, Um Rio e Fantasma do Boleto, ambos com atividades complementares de contação de histórias e oficinas.
Zita Carvalhosa
A fundadora do festival recebe homenagem especial com a mostra Zita Carvalhosa, Mulher de Cinema, que reúne sete curtas de sua produção, evidenciando sua influência no cinema brasileiro e na formação de novos cineastas, especialmente jovens da periferia de São Paulo.
Outras atividades
Além das exibições, o Kinoforum realiza debates, laboratórios de projetos e sessões em comunidades, visando democratizar o acesso ao cinema. Happy hours e encontros com realizadores completam a programação, promovendo intercâmbio e trocas culturais. As atividades ocorrem em espaços como Cinemateca Brasileira, CineSesc, Museu da Imagem e do Som (MIS) e outros.