O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) obteve lucro de R$ 13,3 bilhões no primeiro semestre de 2025, resultado semelhante ao registrado no mesmo período de 2024. A instituição ampliou em 56% a injeção de crédito na economia, totalizando R$ 129,6 bilhões liberados no período.
De acordo com o balanço divulgado nesta quinta-feira (21), os ativos do banco cresceram R$ 204,2 bilhões desde o início de 2023, alcançando R$ 888 bilhões, o que representa avanço de 30% frente a 2022. Só no primeiro semestre de 2025, houve alta de 5,6%. Ao final de 2024, o montante era de R$ 840,9 bilhões.
A taxa de inadimplência registrada no segundo trimestre foi de 0,03%, ainda considerada muito inferior à média do Sistema Financeiro Nacional, de 3,55%. Apesar disso, o índice foi superior ao verificado no primeiro trimestre do ano, quando ficou em 0,001%.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou que o banco possui atualmente o segundo melhor resultado do sistema financeiro brasileiro. Segundo ele, a atuação da instituição é essencial para o crescimento econômico, inovação, geração de empregos, descarbonização e reindustrialização do país.
Expansão do crédito
Os números indicam avanços relevantes em setores estratégicos. O crédito para a indústria atingiu R$ 18,1 bilhões, aumento de 24% em relação a 2024 e de 220% frente a 2022. Já a agropecuária recebeu R$ 17 bilhões, alta de 20% ante 2024 e de 262% sobre 2022.
No setor de comércio e serviços, o volume liberado foi de R$ 13,5 bilhões, 18% acima do resultado de 2024 e 124% superior ao de 2022. Já a infraestrutura recebeu R$ 24,2 bilhões, queda de 8% na comparação com 2024, mas crescimento de 53% frente a 2022.
As micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) também tiveram aumento expressivo no acesso a recursos. O apoio total chegou a R$ 88,8 bilhões no semestre, alta de 92% em relação a 2024, considerando garantias e aprovações de crédito.
Mercadante ressaltou que, mesmo diante de uma política monetária restritiva, o BNDES conseguiu ampliar o volume de crédito de forma significativa, reforçando o papel da instituição no financiamento de longo prazo e no apoio ao setor produtivo.
O patrimônio líquido do banco encerrou o semestre em R$ 165,3 bilhões, representando acréscimo de R$ 6,9 bilhões em comparação a dezembro de 2024.