O presidente Luiz Inácio Lula da Silva entregou, nesta quinta-feira (21), 400 Unidades Odontológicas Móveis (UOMs) para reforçar o acesso à saúde bucal em comunidades vulneráveis. O investimento, de R$ 152 milhões pelo Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), beneficia indígenas, quilombolas, pessoas em situação de rua e assentados.
A ação integra o programa Brasil Sorridente, criado em 2004. Durante a cerimônia em Sorocaba (SP), Lula destacou que a saúde bucal deve ser tratada como prioridade estatal, ressaltando que a miséria também está presente nas periferias urbanas, onde muitos não conseguem custear consultas odontológicas.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, alertou que a falta de cuidados pode agravar doenças, inclusive câncer. Ele enfatizou que a má saúde bucal compromete a digestão, provoca dores de cabeça e afeta a dignidade de quem perde dentes.
As UOMs serão distribuídas em todos os estados, com maior volume no Nordeste (207 unidades), seguido pelo Norte (95), Sudeste (45), Centro-Oeste (32) e Sul (21). A escolha dos municípios levou em conta vulnerabilidade socioeconômica e cobertura do SUS. Até 2026, o governo prevê entregar outras 400 unidades, com renovação da frota a cada cinco anos.
Cada veículo é equipado com cadeira odontológica, aparelho de raio-x, gerador de energia, ar-condicionado e demais instrumentos necessários para consultas e procedimentos especializados, como endodontia e próteses dentárias. Quando necessário, pacientes poderão ser encaminhados para Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) e outros serviços do SUS.
As equipes responsáveis serão formadas por cirurgião-dentista e auxiliar ou técnico em saúde bucal. Atualmente, há cerca de 34 mil equipes credenciadas no país, podendo compartilhar o uso das unidades.
Durante o evento, Padilha assinou portaria que reajusta os valores de implantação das UOMs de R$ 7 mil para R$ 9.360, equiparando-se ao repasse mensal de custeio. O documento também amplia as possibilidades de credenciamento, incluindo unidades próprias dos municípios ou financiadas por emendas parlamentares, além de integrar as equipes a programas como Saúde da Família Ribeirinha e Consultório na Rua.
