Após três meses de avanço, o poder de compra dos suinocultores de São Paulo frente aos principais insumos da atividade voltou a cair em agosto, segundo levantamento do Cepea. A retração é explicada pela combinação de preços mais elevados do milho e do farelo de soja, que superam as médias registradas em julho, e pela valorização mais tímida do suíno vivo.
Pesquisadores do centro de estudos destacam que, mesmo com altas diárias nas cotações do animal na maior parte das regiões acompanhadas, a média parcial de agosto (até o dia 19) segue inferior à de julho. A demanda aquecida, tanto pela carne quanto pelo suíno vivo, tem sustentado os reajustes positivos, mas não foi suficiente para compensar a pressão dos custos de alimentação.
O cenário reforça a preocupação do setor com a relação de troca, que continua sendo um dos principais desafios para a rentabilidade da suinocultura paulista.