Acidentes com animais peçonhentos caem 18% em Mato Grosso, mas casos com escorpiões preocupam

Em caso de acidente com animal peçonhento, a orientação é procurar uma unidade de saúde imediatamente.

Fonte: CENÁRIOMT

Acidentes com animais peçonhentos caem 18% em Mato Grosso, mas casos com escorpiões preocupam

Mato Grosso registrou 1.698 acidentes com animais peçonhentos de janeiro a julho deste ano, uma redução de 18,6% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram notificados 2.086 casos. A queda é vista com cautela pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), que ainda enfrenta desafios como a subnotificação e um aumento preocupante de casos envolvendo escorpiões.

O balanço da SES-MT detalha que as serpentes foram responsáveis pela maioria dos acidentes, com 676 ocorrências, seguidas de perto pelos escorpiões, com 604 casos. Aranhas, abelhas e outros animais completam a lista.

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Apesar da queda geral, a preocupação com os escorpiões cresceu. Em 2024, os acidentes com esses animais superaram os casos com serpentes em 23%, especialmente em áreas urbanas.

O relatório também confirmou sete óbitos no período: cinco por serpentes, um por marimbondo e um por abelha. Outras seis mortes estão em investigação.

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Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Alessandra Moraes, a SES executa um programa que busca reduzir a incidência e a gravidade desses acidentes através da capacitação de profissionais e vigilância ativa. “Nos últimos três anos, 123 servidores de 82 municípios foram capacitados em identificação e controle de aranhas e escorpiões”, destacou.

A coordenadora de Vigilância em Saúde Ambiental, Marlene Barros, reforça que a população precisa adotar medidas preventivas, como manter quintais e jardins limpos, sacudir roupas e calçados antes de usar, e vedar frestas e ralos.

Em caso de acidente com animal peçonhento, a orientação é procurar uma unidade de saúde imediatamente. As recomendações de primeiros socorros incluem lavar o local da picada com água e sabão e, se possível, fotografar o animal.

Por outro lado, algumas ações devem ser evitadas para não agravar a situação: não amarrar ou cortar o local da picada, não aplicar substâncias como álcool ou querosene, e não ingerir medicamentos ou álcool sem orientação médica.

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Graduada em Jornalismo pela Faculdade La Salle em Lucas do Rio Verde (MT), atuou como estagiária na Secretaria Municipal de Educação. Desde 2010 trabalha na redação e, atualmente, é repórter e redatora do CenárioMT nas editorias Mundo, Mato Grosso e Cidadania. Para dúvidas, correções ou sugestões de pauta, entre em contato: [email protected]