Marina Silva defende implementação urgente das metas climáticas na COP30

Durante evento no Rio de Janeiro, a ministra destacou que os compromissos climáticos assumidos devem ser efetivamente implementados.

Fonte: CenárioMT

Marina Silva defende implementação urgente das metas climáticas na COP30
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Em preparação para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), marcada para novembro em Belém, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, enfatizou que “agora, só tem um caminho: implementar”.

A declaração ocorreu durante participação no evento The Climate Reality Project, no Rio de Janeiro, liderado pelo ex-vice-presidente dos Estados Unidos e ativista ambiental Al Gore, voltado à mobilização política em ações climáticas.

Marina Silva ressaltou que é fundamental concretizar os compromissos já assumidos, como o financiamento climático de US$ 1,3 trilhão, expansão da energia renovável, aumento da eficiência energética, redução do uso de combustíveis fósseis e combate ao desmatamento. Segundo a ministra, todas essas metas foram definidas por consenso em reuniões internacionais anteriores.

Ela alertou que o planeta enfrenta uma crise civilizatória, com líderes focados em conflitos em vez de ações ambientais, e destacou que ondas de calor já matam mais pessoas em dois anos do que a pandemia de covid-19.

Para garantir o sucesso das negociações, Marina destacou a importância de um planejamento estratégico para os próximos dez anos, capaz de manter o aquecimento global em até 1,5ºC acima do nível pré-industrial. “Se o Acordo de Paris definiu regras e negociações, agora ele precisa guiar o caminho da implementação”, reforçou.

Sobre os recursos de terras raras em territórios de comunidades tradicionais, indígenas e quilombolas, a ministra apoiou o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a dispositivos que tratavam do assunto na Lei nº 15.190, que alterou regras de licenciamento ambiental. Ela destacou que qualquer solução técnica deve respeitar o cuidado ético com esses povos, garantindo que suas vozes e direitos sejam preservados.

“O esforço é de que não se olhe só para a necessidade, pelo lado da demanda, que se tenha um crivo ético também pelo lado da oferta. São exposições concretas que o Brasil tem que ter na COP para ser um legado de verdade”, afirmou Marina Silva.

Gustavo Praiado é jornalista com foco em notícias de agricultura. Com uma sólida formação acadêmica e vasta experiência no setor, Gustavo se destaca na cobertura de temas relacionados ao agronegócio, desde insumos até tendências e desafios do setor. Atualmente, ele contribui com análises e reportagens detalhadas sobre o mercado agrícola, oferecendo informações relevantes para produtores, investidores e demais profissionais da área.