O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso já contabiliza, em 2025, cerca de R$ 25 milhões em multas ambientais e cinco prisões em flagrante pelo uso irregular do fogo em áreas urbanas e rurais. As medidas fazem parte da política de Tolerância Zero contra crimes ambientais, implementada pelo governo estadual.
A ocorrência mais recente aconteceu na última quinta-feira (14), quando um homem foi detido próximo ao Parque Estadual do Cristalino, em Novo Mundo, após provocar um incêndio. Ele foi conduzido à Delegacia de Guarantã do Norte por crime ambiental.
Segundo o comandante-geral do CBMMT, coronel Flávio Glêdson Vieira Bezerra, as ações são resultado de um trabalho contínuo do Batalhão de Emergências Ambientais (BEA), que atua com monitoramento remoto de focos de calor, medidas preventivas e fiscalizações rigorosas. A estratégia envolve ainda a Sala de Situação Central, em Cuiabá, oito unidades descentralizadas e a Operação Infravermelho, que cruza imagens de satélite com dados do Cadastro Ambiental Rural.
“Somente em 2025, já aplicamos R$ 25 milhões em multas e realizamos cinco prisões em flagrante de pessoas que insistem em desrespeitar o período proibitivo”, afirmou o comandante, destacando os investimentos em tecnologia. Neste ano, foram destinados R$ 125,2 milhões para ações de preservação ambiental, sendo R$ 78 milhões direcionados às operações do Corpo de Bombeiros, incluindo contratação de brigadistas, uso de máquinas pesadas e parcerias estratégicas.
O oficial reforçou que a população tem papel essencial no combate às queimadas, especialmente no cumprimento do decreto que proíbe o uso do fogo. Denúncias e flagrantes devem ser comunicados ao número de emergência 193, para resposta rápida das equipes.
O período proibitivo do fogo está em vigor: de 1º de junho a 31 de dezembro no Pantanal, de 1º de julho a 30 de novembro nas regiões da Amazônia e do Cerrado. Nas áreas urbanas, a prática é proibida durante todo o ano.
