A NASA divulgou recentemente uma advertência sobre fenômenos solares intensos capazes de impactar a Terra com força sem precedentes.
Essas manifestações do clima espacial podem comprometer redes elétricas, sistemas de comunicação e satélites, gerando desde falhas no fornecimento de energia até interrupções de navegação via GPS.
O que está provocando essa alta atividade solar?
De acordo com especialistas, o aumento se deve a explosões na superfície do Sol que liberam fluxos maciços de partículas carregadas, conhecidas como ejeções de massa coronal.
Quando essas partículas atingem o campo magnético terrestre, podem causar distúrbios capazes de afetar comunicações, sistemas de localização e serviços que dependem de conexão contínua.
Como está sendo feito o monitoramento?
Para estudar esse risco crescente, foi criada a missão TRACERS, composta por dois satélites idênticos que irão analisar de forma minuciosa como essas tempestades interagem com a atmosfera e a magnetosfera do planeta.
Os aparelhos vão operar em órbita baixa, sobre a face iluminada da Terra, atravessando as cúspides polares — áreas em que a proteção magnética é mais frágil.

Nessas regiões ocorre a reconexão magnética, processo que libera energia diretamente em direção à Terra.
A principal inovação é a coleta de dados simultâneos por duas plataformas diferentes, permitindo medições mais precisas e frequentes sobre a interação entre o vento solar e a magnetosfera, com intervalos de apenas minutos.
Investimento e parcerias
Com orçamento de US$ 170 milhões (cerca de R$ 916,3 milhões), a missão TRACERS integra-se a outros programas como MMM, EZIE e PUNCH, todos voltados ao acompanhamento do clima espacial.
Essa rede colaborativa é essencial para antecipar tempestades de grande intensidade e mitigar possíveis danos.
Por que isso importa?
Eventos solares extremos podem prejudicar desde a transmissão de energia até setores críticos como transporte aéreo, serviços financeiros, operações militares e pesquisas científicas.
Antecipar e compreender esses fenômenos é vital para manter a segurança da infraestrutura global e garantir a conectividade em um cenário cada vez mais dependente da tecnologia.