Vigilância em Saúde reforça importância do Dia D de vacinação antirrábica em Lucas do Rio Verde

Fonte: CenarioMT

Coordenadora Aniela Rodrigues reforça a importância de buscar orientação antes de iniciar atividades em áreas como alimentação e estética, evitando gastos desnecessários e garantindo o licenciamento correto
Foto: CenarioMT

Neste sábado (16) Lucas do Rio Verde realizará o Dia D de vacinação antirrábica, mobilizando mais de 130 profissionais para garantir a imunização de cães e gatos contra a raiva. A ação, promovida anualmente pela Secretaria Municipal de Saúde, acontecerá das 7h às 17h em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e contará ainda com dois pontos extras no Centro Universitário Uni La Salle e na Escola Eça de Queirós, que substituirá temporariamente a UBS Alvorada, em reforma. A expectativa é vacinar cerca de 10 mil animais apenas na área urbana.

Segundo Cláudia Engelmann, supervisora de Vigilância em Saúde, a população deve aproveitar a oportunidade para proteger seus animais, levando a carteirinha de vacinação — ou solicitando a emissão de uma nova no local. Após o Dia D urbano, será realizada a etapa rural, em data a ser confirmada. “A raiva é uma doença quase sempre fatal e a vacinação é a forma mais eficaz de preveni-la. É fundamental que todos levem seus pets para vacinar”, destacou.

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O médico veterinário Rogério Tovo reforça que a vacina é indicada para todos os cães e gatos a partir dos três meses de idade que estejam saudáveis. Ele lembra que a raiva é uma zoonose grave, responsável por cerca de 60 mil mortes humanas por ano no mundo, principalmente na Ásia e na África. No Brasil, houve quase 300 casos nos últimos 15 anos, muitos transmitidos por morcegos e ainda por cães. “Lucas já registrou morcego positivo para raiva nos últimos anos. Como vivemos próximos a áreas de mata, a vacinação de pets interrompe o ciclo de transmissão e protege também a saúde humana”, alertou.

Os sintomas da doença variam de acordo com a espécie infectada. Em cães e gatos, pode haver dificuldade para movimentar a mandíbula, salivação excessiva e comportamento agressivo. Já em bovinos e equinos, a chamada “raiva com calmaria” se manifesta com isolamento e apatia. Nos humanos, a infecção pode levar até 60 dias para apresentar sinais, que incluem alterações neurológicas, dificuldade para engolir, medo da água e da luz, evoluindo rapidamente para insuficiência respiratória. A letalidade é próxima de 100%.

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Cláudia também chama atenção para o risco representado por animais de rua. Lucas do Rio Verde, assim como outras cidades, enfrenta um alto índice de abandono, dificultando o controle da raiva. “Não conseguimos acompanhar ou vacinar todos os animais soltos, pois alguns podem ter tutor e estar apenas perdidos. É um problema de saúde pública que envolve sofrimento animal e risco à população”, afirmou. Segundo ela, o município investe em ações como castração e chipagem, mas os resultados são de médio e longo prazo.

A recomendação das autoridades é clara: ao sofrer mordida ou arranhão de cão, gato ou qualquer outro mamífero, especialmente se for animal de rua ou silvestre, a pessoa deve lavar imediatamente o ferimento com água e sabão e procurar atendimento médico para avaliação e, se necessário, início do protocolo com vacina e soro antirrábico.

Com a mobilização deste sábado, o município espera não apenas vacinar milhares de animais, mas também reforçar a conscientização sobre a responsabilidade dos tutores e a necessidade de prevenir a raiva — uma doença que, embora controlada no país, ainda representa ameaça real à saúde pública.

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Formado em Jornalismo, possui sólida experiência em produção textual. Atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT, onde é responsável por criar conteúdos sobre política, economia e esporte regional. Além disso, foca em temas relacionados ao setor agro, contribuindo com análises e reportagens que abordam a importância e os desafios desse segmento essencial para Mato Grosso. Cargo: Jornalista, DRT: 0001781-MT