O Plano Brasil Soberano, anunciado em 13 de agosto, visa apoiar empresas brasileiras afetadas pelas tarifas de até 50% aplicadas pelos Estados Unidos. O pacote de medidas recebeu elogios de diversas entidades do setor industrial, que também apresentaram sugestões de aprimoramento.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) destacou como positivas iniciativas como a criação de linha de crédito especial de até R$ 30 bilhões, adiamento de tributos federais por dois meses e reativação do Reintegra. Ricardo Alban, presidente da CNI, ressaltou que o plano contempla demandas históricas das indústrias e reforça a prioridade nas negociações internacionais.
Alban sugeriu ao governo buscar novos mercados, especialmente na União Europeia, e firmar acordos bilaterais. Ele afirmou que a entidade seguirá colaborando com o Executivo para mitigar impactos das tarifas e preservar a competitividade do setor.
Indústria Química
A Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) considerou o plano um avanço para preservar competitividade e empregos, destacando a necessidade de negociações técnicas com os EUA. A associação enfatizou a relevância de manter a integração produtiva e a resiliência das cadeias de suprimento.
Têxtil e Confecção
A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) reforçou apoio às medidas, citando linhas de crédito, prorrogação de tributos, modernização do sistema de exportação e ajustes no Reintegra. A entidade solicitou celeridade na tramitação das propostas no Congresso para garantir que os benefícios cheguem rapidamente às empresas e trabalhadores.
Conaje
A Confederação Nacional de Jovens Empresários (Conaje) destacou a importância do plano para pequenos e médios exportadores, compras governamentais e ampliação do Reintegra. Fabio Saraiva, presidente da Conaje, reforçou a necessidade de agilidade na implementação e clareza nos critérios de acesso aos recursos.
Crítica da Fiep
Por outro lado, a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) adotou tom crítico, classificando as medidas emergenciais como paliativas e cobrando negociação efetiva com os EUA. Edson Vasconcelos, presidente da Fiep, afirmou que questões políticas não podem se sobrepor aos interesses econômicos do país.
O Plano Brasil Soberano surge, portanto, como um esforço do governo brasileiro em preservar a indústria nacional diante de tarifas internacionais, equilibrando medidas emergenciais com a busca de soluções estratégicas de longo prazo.