O Fundo Amazônia atingiu 17 anos de existência com a confirmação de um investimento adicional de R$ 210 milhões. Deste total, R$ 150 milhões serão direcionados ao programa União com os Municípios pela Redução de Desmatamento e Incêndios Florestais, beneficiando 48 municípios entre os 70 prioritários da região.
Segundo João Paulo Capobianco, secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), há uma mobilização ampla entre sociedade e governos para enfrentar os desafios ambientais.
“Há uma mobilização de todas as forças da sociedade e dos governos para fazer frente a esse desafio enorme.”
Os R$ 60 milhões restantes serão aplicados no projeto Prospera na Floresta, que apoia comunidades tradicionais com iniciativas sustentáveis, como turismo e bioeconomia.
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, ressaltou que a expectativa é que os recursos possam, futuramente, ser usados prioritariamente para fortalecer a bioeconomia, a indústria florestal e a pesquisa sustentável na região.
Histórico e governança do Fundo
O anúncio foi feito em Manaus pela diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, que destacou a importância dos resultados positivos na conservação da floresta e a governança consolidada pelo Comitê Orientador do Fundo Amazônia (Cofa).
O modelo de governança do fundo, que envolve ministérios, governos locais e organizações sociais, garante transparência e consenso na destinação dos recursos captados por doações internacionais.
“A gente conseguiu construir esse ambiente de governança que é uma das grandes fortalezas do Fundo Amazônia e permitiu que doadores tivessem essa confiança ao longo dos anos”, afirmou Tereza.
Até 2018, o Fundo desembolsava cerca de R$ 300 milhões por ano, com uma pausa entre 2019 e 2022. A retomada começou em 2023 e em 2025 os desembolsos ultrapassaram R$ 1 bilhão.
Além da Noruega, os doadores incluem Alemanha, Estados Unidos, Irlanda, Japão, Reino Unido, Dinamarca e Suíça, com investimentos que ampliaram significativamente nos últimos anos.
João Paulo Capobianco destacou que o aumento da captação e distribuição dos recursos reflete os avanços na redução do desmatamento.
