Centenas de pessoas se reuniram na quadra do Império Serrano na noite de sábado (9) para se despedir de Arlindo Cruz, um dos maiores nomes do samba brasileiro. O evento, que se estendeu pela madrugada, foi marcado por música, emoção e homenagens.
Os portões foram abertos às 18h, com uma cerimônia conduzida pelo terreiro Ilê Osè Yobá em homenagem aos orixás, seguida de uma roda de samba com sucessos do artista e distribuição de chopp. A celebração seguiu o formato de um gurufim, ritual afro-brasileiro que transforma velórios em encontros festivos, com dança, música e comida.
O filho do sambista, Arlindinho Neto, cantou “O show tem que continuar” e destacou o legado de perseverança deixado pelo pai. Artistas como Carlinhos de Jesus, mesmo em cadeira de rodas, e Marquinhos de Oswaldo Cruz compareceram para prestar homenagens, exaltando a generosidade e a contribuição de Arlindo para o samba tradicional.
A vice-presidente do Império Serrano, Paula Maria, lembrou momentos marcantes ao lado do amigo, incluindo a gravação da canção “Estrela de Madureira” em sua casa, que marcou a transição de Arlindo de compositor para cantor reconhecido. Veteranos da escola, como Wagner Francisco, reforçaram a importância do sambista na história da agremiação, comparando-o a ícones como Roberto Ribeiro e Dona Yvone Lara.
As homenagens se encerram neste domingo (10), com uma despedida restrita a familiares e amigos às 10h. O sepultamento será realizado às 11h, no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap.


















