O projeto Arteduf, da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci), está promovendo uma revolução no ensino das 17 Escolas Técnicas Estaduais (Mato Grosso). A proposta inova ao integrar arte e educação física como elementos centrais da formação técnica, buscando desenvolver a autoestima, o pertencimento e a criatividade dos estudantes.
Durante dois dias, professores dessas áreas participaram de uma imersão formativa em Cuiabá, onde apresentaram iniciativas alinhadas aos princípios do programa. O objetivo é transformar as ETECs em ambientes mais acolhedores e conectados com a realidade local.
“Cada escola constrói seu caminho a partir de suas próprias forças e realidades”, afirmou Ederson Andrade, superintendente de Educação Profissional e Tecnológica da Seciteci. Segundo ele, o Arteduf deixa de ser uma diretriz abstrata para se tornar prática viva nas escolas.
Em Cáceres, o professor Jacenildo dos Santos desenvolve o projeto “Atividades físicas para todos: um semestre de descobertas”, que promove práticas como futsal, atletismo e treino funcional. A proposta foca no bem-estar e no fortalecimento dos laços entre alunos e escola, com envolvimento da comunidade.
Já em Campo Verde, a professora Eunice Lanzarin aposta nas artes visuais para despertar nos estudantes o sentimento de pertencimento. O projeto, em construção coletiva, envolve mapeamento cultural, produção de painéis e exposições com participação das famílias.
Em Matupá, o professor André Júlio utiliza teatro e dança para estimular a expressão dos jovens, com foco no protagonismo estudantil. As apresentações vão além da escola, com participação prevista em festivais e eventos culturais.
Alex Teixeira, coordenador do programa, destaca que mesmo cursos técnicos como TI e mecânica ganham em humanidade com o Arteduf. “O estudante se sente reconhecido e inspirado a ir além da técnica”, afirma.
O Arteduf prevê ainda núcleos de prática, eventos abertos ao público, festivais e jogos escolares, sempre com base em planejamento pedagógico e escuta ativa dos professores. A iniciativa busca repensar a educação técnica com mais criatividade, inclusão e sentido social.
“Trabalhar com arte e educação física nas escolas técnicas é investir na formação completa do ser humano”, finaliza Ederson Andrade.