Quinze influenciadores digitais estão sendo investigados pela Polícia Civil do Rio de Janeiro por promoverem plataformas ilegais como o Jogo do Tigrinho. A operação, chamada Desfortuna, foi deflagrada nesta quinta-feira (7) e também cumpriu mandados nos estados de São Paulo e Minas Gerais.
De acordo com a Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD), os investigados fazem parte de uma suposta organização criminosa especializada na promoção de jogos de azar não legalizados e lavagem de dinheiro. O grupo é suspeito de movimentar cerca de R$ 4 bilhões em transações bancárias suspeitas.
As investigações revelam que os influenciadores utilizavam redes sociais para incentivar a prática dos jogos ilegais, fazendo promessas enganosas de lucros fáceis. Além disso, ostentavam um estilo de vida de luxo, com viagens internacionais, veículos de alto valor e imóveis caros — o que, segundo a polícia, é incompatível com a renda declarada.
A quadrilha contaria ainda com operadores financeiros e empresas de fachada, utilizadas para ocultar a origem do dinheiro e dificultar o rastreamento dos recursos ilícitos.
O levantamento das movimentações bancárias foi realizado com apoio do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão vinculado ao Banco Central, responsável por identificar possíveis indícios de crimes financeiros.