Nova Amarok híbrida será produzida na Argentina com tecnologia chinesa e investimento de R$ 2,9 bilhões

Fonte: CenárioMT

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SAIC Maxus T90 - SAIC/Divulgação

A Volkswagen oficializou nesta segunda-feira (5) que a próxima geração da picape Amarok será eletrificada e fabricada na Argentina. A produção da versão híbrida está prevista para começar em 2027, na planta industrial de General Pacheco, em Buenos Aires. O anúncio foi realizado durante um encontro com o ministro da Economia argentino, Luis Caputo, e marca um novo capítulo na estratégia da montadora para a América do Sul.

O projeto, batizado internamente de “Amarok South America”, prevê um investimento de US$ 580 milhões (equivalente a cerca de R$ 2,9 bilhões) para modernizar a unidade fabril e viabilizar a produção da nova versão híbrida da picape média.

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Parceria com gigante chinesa SAIC viabiliza a nova plataforma

A grande novidade está na escolha da plataforma da Maxus Interstellar X, desenvolvida pela fabricante chinesa SAIC, parceira estratégica da Volkswagen nesse novo projeto. A plataforma já é utilizada em modelos comercializados na China com motorizações diesel e elétrica, o que facilita a integração com o sistema híbrido planejado para a Amarok.

Segundo Thomas Schäfer, CEO global da Volkswagen, a colaboração com a SAIC representa uma “aliança estratégica sem precedentes”, que permitirá à montadora acelerar sua transição para a eletrificação no continente sul-americano. A troca de tecnologias e sinergias industriais será fundamental para o sucesso da nova Amarok.

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Produção 100% argentina reforça importância da América do Sul

A unidade de General Pacheco será a única responsável pela produção da nova Amarok híbrida, reforçando o papel da Argentina como polo industrial automotivo para a região. A fábrica já produz atualmente a Amarok diesel, vendida em diversos mercados latino-americanos, incluindo o Brasil, e agora será atualizada com tecnologias mais limpas e eficientes.

Híbrida para atender ao futuro e às regras ambientais

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Volkswagen/Divulgação

A decisão da Volkswagen está alinhada com as novas exigências ambientais e com políticas públicas de incentivo à produção de veículos sustentáveis, como o Regime de Incentivo à Indústria Automotiva (RIGI) da Argentina. A adoção de uma motorização híbrida também visa entregar melhor eficiência energética, menor emissão de poluentes e um novo patamar de desempenho para o consumidor que busca inovação sem abrir mão da força e versatilidade.

Fim do V6 turbodiesel?

A atual Amarok é conhecida por seu robusto motor V6 turbodiesel, referência no segmento de picapes médias. No entanto, com a chegada da nova plataforma híbrida, a Volkswagen pode aposentar esse conjunto mecânico — ao menos nas versões mais modernas e voltadas para mercados regulados por leis ambientais mais rígidas.

Apesar disso, especialistas apontam que a nova motorização híbrida deverá manter a robustez e o desempenho característicos da linha Amarok, com ganhos em autonomia e economia de combustível.

Investimento de olho na liderança regional

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Com US$ 580 mi, Volkswagen aposta na Amarok híbrida e sela aliança com montadora chinesa

O aporte bilionário da Volkswagen em solo argentino evidencia a importância estratégica da América do Sul para o futuro da marca. A nova Amarok híbrida surge como uma tentativa de fortalecer a presença da montadora no segmento de picapes médias, enfrentando concorrentes como Toyota Hilux, Ford Ranger e Chevrolet S10.

Além disso, o projeto abre espaço para que tecnologias eletrificadas ganhem mais espaço em segmentos antes dominados exclusivamente por motores a combustão.


E você, o que acha?

A nova Amarok híbrida é uma aposta promissora ou um risco diante da forte presença dos modelos a diesel no mercado brasileiro? Será que os consumidores estão prontos para essa transição?

Deixe sua opinião nos comentários — ela pode enriquecer ainda mais esse debate sobre o futuro das picapes na América Latina.

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